Sete crianças morreram esta terça-feira num incêndio que consumiu uma casa num subúrbio da cidade costeira atlântica de Halifax, no Canadá, informou a polícia canadiana. Os investigadores admitiram que todas as crianças pertenciam à mesma família.

Um homem e uma mulher foram hospitalizados, o primeiro em estado muito grave, enquanto a mulher deverá sobreviver aos ferimentos, segundo fontes citadas pela agência noticiosa Associated Press (AP). Segundo o Regina Leader-Post, os dois feridos serão os pais das crianças.

A Mesquita Ummah e o Centro comunitário de Halifax explicaram numa mensagem no Facebook que a família é de origem síria e que fugiram para o Canadá devido à guerra civil. “Estamos aqui num hospital com uma mãe desesperada que perdeu sete dos seus filhos”, referiu Imam Wael Haridy, do Centro Comunitário Islâmico de Nova Scotia.

Uma vizinha que habita na casa ao lado da que ardeu disse que a família incluía sete crianças, entre os três meses e os 17 anos. Segundo Dave Meldrum, vice-chefe dos bombeiros de Halifax, citado pelo Regina Leader-Post, terá sido o incêndio mais mortal na província.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Danielle Burt disse ter escutado um grande estrondo e um grito de mulher pelas 00h30 locais (4h30 em Portugal continental). O serviço de imigração já está a fornecer apoio psicológico aos amigos e família afetados pela tragédia. “Este é um momento para que todos na nossa comunidade pensem em alcançar os imigrantes os recém-chegados que não têm toda a família e amigos na comunidade e construir estes relacionamentos para que as pessoas não se sintam sozinhas e desconectadas quando algo assim acontece”, disse Mike Blackbrun, chefe dos bombeiros de Halifax.

Depois do incêndio, a família e amigos das sete crianças e dos pais criaram uma campanha de angariação de fundos, contando já com a ajuda da Câmara Municipal de Halifax. O primeiro-ministro do Canadá também já demonstrou, através de uma publicação no Twitter, o apoio aos sobreviventes do incêndio. “As palavras falham quando crianças são retiradas de nós demasiado cedo, especialmente nestas circunstâncias”, referiu Justin Trudeau.