Mercedes SLC Final Edition é o nome da edição de despedida do roadster alemão surgido em meados dos anos 90, na altura como SLK. Mas é também uma forma de a marca de Estugarda pôr um ponto final na vida deste modelo, cuja continuidade vinha há muito a ser questionada. Para que não haja dúvidas e acabar de vez com os rumores, a Mercedes assumiu (pela primeira vez) à imprensa norte-americana que, depois desta Final Edition, mais nada: o SLC vai mesmo acabar, não estando nos planos da marca um sucessor.
Lançado em 1996 e com direito a três gerações, o Mercedes SLK tornou-se rapidamente um dos roadsters mais importantes do momento, até porque a Mercedes soube explorar o facto de o modelo oferecer uma capota rígida retráctil, uma “proeza” à época. Curiosamente, foi em 2016, quando decidiu mudar a designação comercial para SLC – o que coincidiu com a introdução do restyling da terceira (e última) geração do roadster – que as vendas começaram a baixar.
A ideia era posicionar melhor o modelo na gama, adoptando a nomenclatura que designava todos os roadsters da marca (“SL”) e o segmento (“C”) em que se inseriam. Logo, o SLC passou a ser um ‘concorrente’ do Classe C que, por sinal, também tem um cabriolet, com a vantagem de oferecer lugar para quatro e não apenas para dois… Resultado: o SLC nunca descolou nas vendas, num segmento em que, até agora, pontuavam pouquíssimos concorrentes: Porsche 718 Boxster, Audi TT Roadster e Jaguar F-Type. Porém, com o surgimento dos ‘manos’ BMW Z4 e Toyota Supra, desenvolvidos em parceria, a concorrência quase que duplicou.
A marca da estrela opta por retirar-se desta guerra, alegando que prefere concentrar os seus esforços na reinvenção do SL, para diferenciá-lo dos restantes cabrios da marca.