Cinquenta textos sobre 50 mulheres são mote para uma performance a realizar a 8 de março, em três cidades de Portugal, assim como em localidades da Colômbia, Paraguai, Argentina, México, e em Londres, chamando a atenção para a violência doméstica.

“Mulheres nascida de um nome” é o título da encenação que, no dia 8, Dia Internacional da Mulher, em Alcobaça, tem por objetivo “chamar a atenção para as vítimas de violência doméstica” e “sensibilizar a comunidade para os direitos das mulheres e para a eliminação de todas as formas de discriminação”, disse esta quinta-feira à agência Lusa Diana Bernardes, encenadora do Teatro da Transformação.

A performance que ao longo do dia percorrerá a cidade partiu do convite do encenador argentino Claudio Hochman para interpretar os seus 50 textos sobre 50 mulheres.

Cada nome representa uma mulher”, explicou a encenadora, adiantando que “os textos vão aumentando o número de palavras”. “A primeira, Sofia, tem uma frase”, a última “Maria, tem seis páginas” de uma história que representa não apenas a sua protagonista, mas “todas as Marias, a Maria que sofre, a Maria das Dores e tantas outras”, acrescentou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O projeto que em Alcobaça conta com a participação da comunidade local culminará com uma caminhada performativa entre o Rossio (praça defronte do Mosteiro de Alcobaça) e o tribunal, em que todos os que quiserem participar entoarão “Maria”, ao longo do percurso decorado com frases.

Ao convite de Claudio Hochman responderam em Portugal, ainda, a cidade de Aveiro, a freguesia de Carnide (em Lisboa) e a localidade de Parede (Cascais), onde os textos serão dramatizados por companhias locais, serão base para performances de dança ou para instalações de áudio e vídeo.

O mesmo acontecerá na Colômbia, no Paraguai, na Argentina, no México e em Londres, onde, a convite do encenador, os textos servirão de base para espetáculos que assinalarão o Dia Internacional da Mulher, “dando voz às mulheres vítimas de violência e a uma realidade contra a qual o teatro pode ajudar a lutar“, disse à Lusa Diana Bernardo.