As baixas em França custam, anualmente, 10 mil milhões de euros à segurança social. Em 2017, estimou-se que, em média, os funcionários públicos tiraram 17 dias de baixa no ano inteiro. Agora, o número chegou aos 18 dias, num ajuste associado ao aumento da idade média para reforma. ”É como se o nosso país tirasse um dia de folga extra”, diz o primeiro-ministro francês, Edouard Philippe.

É na sequência de números como estes que surge um relatório que propõe várias alternativas para o governo diminuir os gastos com trabalhadores doentes em casa, liderado por nomes como Jean-Luc Bérard, diretor de recursos humanos. ”Os médicos deviam ter opções como oferecer aos trabalhadores o ‘trabalho em casa’ como alternativa”, diz o documento citado pelo The Telegraph. Por exemplo, uma das medidas propostas é o ”teleworking” ou ”télétravail”, ou seja, trabalhar em casa através do telemóvel.

Um dos maiores sindicatos de França, a Confédétation Générale Du Travail (CGT), já se mostrou contra uma das medidas do relatório, que quer introduzir um dia extra de licença médica contratualmente acordada. O mesmo artigo do The Telegraph, dá conta da posição do sindicato, que defende que a medida assume que os trabalhadores com baixa estariam a ”fingir ou que fossem preguiçosos”.

Trabalhar em casa está a tornar-se cada vez mais popular em França, sobretudo depois da flexibiliação do código do trabalho introduzida em 2017. Segundo uma pesquisa divulgada esta semana, cerca de 29% da população em França trabalhou a partir de casa no ano passado.

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