Era uma das muitas dúvidas sobre a princesa Diana e que durante anos se tornou uma verdade indesmentível para muitos crentes de teorias da conspiração. Estava ou não a princesa grávida no momento da sua morte? E esse terceiro filho, fruto da sua relação com Dodi al-Fayed, teria levado a um atentado contra a sua vida como alegava o milionário Mohamed Al Fayed, pai de Dodi, para evitar um embaraço à família real britânica? As respostas já são conhecidas há bastante tempo — Diana não estava grávida –, mas agora surge um novo livro que explica como se chegou a essa conclusão.

Angela Gallop, uma proeminente cientista forense britânica, explica no seu livro mais recente “When the Dogs Don’t Bark: A Forensic Scientist’s Search for the Truth” (Quando os cães não ladram: a procura pela verdade de uma cientista forense) como é que a sua equipa conseguiu provar que Diana Spencer não estava grávida no momento da sua morte.

Responsável por resolver alguns dos mais mediáticos crimes no Reino Unido, Gallop anunciou também neste mês de fevereiro que está interessada em olhar para a história de Madeleine McCann, a criança inglesa que desapareceu em Portugal, quando se encontrava com os seus pais de férias no Algarve, em 2007.

Foi há 20 anos. Afinal, o que falta saber sobre Diana, a princesa do povo?

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A pré-publicação do livro que faz referência à gravidez de Diana foi avançada pelo The Sunday Times a 17 de fevereiro. E é nessas passagens que se explica como durante a Operação Paget se conseguiu responder a muitas das perguntas colocadas na sequência das acusações do milionário egípcio.

“As transfusões de sangue que a princesa levou depois do acidente poderiam ter invalidado um teste de gravidez. Por isso, a nossa melhor amostra foi o sangue recuperado do seu assento no Mercedes”, escreve Angela Gallop. A cientista forense destaca o trabalho “impressionante” da equipa que desenvolveu um teste de gravidez capaz de funcionar com sangue seco.

Apesar disso, explica, extraíram uma amostra do seu conteúdo estomacal para poderem descartar o usos de contracetivos, outras das questões que foi pedido à equipa de peritos para ser averiguada.

Após os resultados das análises, a conclusão foi de que Diana não estava grávida nem a tomar quaisquer medicamentos para evitar uma gravidez.

“No final, todos os resultados dos testes foram negativos. Isto quer dizer que é extremamente provável que Diana não estivesse grávida na altura da sua morte nem a tomar pílulas contraceptivas”, conclui Angela Gallop.