Para já ainda é um acordo provisório, mas a União Europeia (UE) entende que os veículos pesados devem ter o mesmo tipo de tratamento do que os automóveis ligeiros, contribuindo igualmente para uma melhoria da qualidade do ar. E se bem que tenham sido determinados os cortes julgados necessários pelos legisladores, nas emissões de dióxido de carbono (CO2), os responsáveis de Bruxelas reservam-se o direito de rever os valores máximos de CO2 novamente em 2022.

De momento, à semelhança do que também aconteceu com os automóveis ligeiros, que se vão ver obrigados a reduzir em 37,5% as emissões de CO2 em 2030, quando comparadas com os valores em gramas por quilómetros emitidos em 2021, também o dióxido de carbono libertado para a atmosfera em 2030 tem de cair 30%. Além desta meta para dentro de 11 anos, os camiões vão ainda ter de respeitar um corte intermédio de 15% em 2025. De recordar que também os furgões já foram contemplados com a redução de CO2, tendo que diminuir as emissões em 15%, em 2025, e um total de 31% em 2030.

Através da European Automobile Manufacturers Association (ACEA), os fabricantes de camiões reagiram ao anúncio, revelando preocupações em relação à violência dos cortes. Realçam que se a rede de postos de carga públicos para veículos ligeiros é reduzida, a destinada a veículos pesados é inexistente, o que implica um urgente e considerável investimento por parte dos diferentes Estados-membros.

Os cortes de CO2 agora anunciados vão obrigar a mais camiões com motores adaptados a queimar gás natural e motorizações híbridas, mas sobretudo vão tornar necessários veículos pesados eléctricos. Numa primeira fase, a solução poderá passar pelo recurso a camiões eléctricos capazes de trazer até às cidades a mercadoria, a partir de grandes centros distribuidores localizados fora das zonas urbanas, cuja autonomia não necessita de ser tão elevada.

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