Renova, DB Schenker e TGM são as três empresas a receber as primeiras unidades do camião eléctrico da Volvo Trucks. O modelo em causa é o FL Electric, oferta que será reforçada pelo FE Electric, na segunda metade de 2019, com a Volvo a garantir que todos os primeiros clientes verão os seus camionistas receberem formação específica, para não só explorar de forma ideal os seus veículos pesados alimentados por bateria, como dar feedback à fábrica em relação aos problemas com que se deparam.

De acordo com o presidente da Volvo Trucks, Roger Alm, “os condutores que tiveram contacto com os camiões eléctricos reagem positivamente à resposta da motorização e à capacidade de ganhar velocidade de forma consistente e contínua, sem necessidade de mudanças”. Esta proximidade com os operadores dos seus veículos eléctricos é uma ferramenta de trabalho muito apreciada por Alm, que afirma ser um dos elementos responsáveis pela rapidez na aceitação do novo tipo de motorização.

O FL Electric é um pesado de 16 toneladas, enquanto o FE Electric é capaz de puxar 27 toneladas, como peso total. Como o transporte de bens em veículos pesados contribui com cerca de 5% para emissões totais de CO2, os camiões têm de dar o seu contributo, e estes camiões alimentados exclusivamente por bateria são a melhor opção, apesar da Volvo se estar a concentrar em unidades com reduzida autonomia.

Vêm aí os camiões eléctricos. UE corta emissões

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

De acordo com a Volvo Trucks, o FL Electric tem a seu serviço um motor de 185 kW em pico, ou 130 kW em contínuo, o que equivale a cerca de 177 cv, alimentado por uma bateria que pode ver a sua capacidade oscilar entre 100 kWh e 300 kWh, sendo a autonomia com a bateria maior de 300 km. O Camião da Volvo com maior capacidade de carga, o FE Electric recorre a motores eléctricos com 370 kW, ou 260 kW em contínuo (354 cv), podendo percorrer até 200 km sem necessidade de recarregar as baterias, que podem oferecer 200 kWh ou 300 kWh.

São obviamente camiões eléctricos de reduzida autonomia, especialmente quando comparados com os que a Tesla está a desenvolver, mas ainda assim muito interessantes para resolver o problema das entregas nas zonas urbanas, onde as recargas da bateria podem ser realizadas durante os períodos de manuseamento da carga transportada.