A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) apelou nesta segunda-feira aos seus 10 mil elementos — cerca de metade dos efetivos da PSP — para que façam uma greve de zelo, limitando-se à “pedagogia” e não passando multas de trânsito, noticia o Correio da Manhã.

“Os polícias fartaram-se de esperar pelas promessas não cumpridas do Governo”, disse o líder da ASPP, Paulo Rodrigues, em declarações citadas por aquele jornal. O mesmo responsável explicou que o protesto decorrerá até ao dia 31 de março, sendo a continuidade da luta reavaliada no início de abril.

De acordo com Paulo Rodrigues, há vários motivos para a greve, entre os quais “o atraso na aprovação de uma nova política de suplementos, em particular o subsídio de risco, o facto de o Governo não cumprir as 800 saídas para pré-aposentação anuais, levando só 400, o não pagamento de ajudas de custo e as péssimas condições de instalações e viaturas”.

A greve às multas passa pela “adoção de uma postura pedagógica” por parte dos elementos da PSP, que não deverão passar multas em situações de infração — privando o Estado de uma receita que em 2018 chegou aos 84,7 milhões de euros.

O líder da ASPP lamentou ainda que as normas não permitam que os sindicatos da polícia apelem à greve. “Se a lei permitisse apelávamos à greve. Mas a lei que regula o sindicalismo na PSP não o permite, por isso, é um caminho fechado para nós”, afirmou Paulo Rodrigues, sublinhando que os elementos da ASPP vão participar na manifestação de agentes fardados agendada para o dia 14 de março.

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