“Esperamos ter isto finalizado. Ainda não está, mas estamos muito, muito perto de assinar um acordo”. Foi assim que Donald Trump anunciou aquele que pode ser o ato final de uma história que já dura há mais de três anos, quando os Estados Unidos se viraram contra as políticas comerciais da China, assim que Trump chegou ao poder. Desde aí que, entre taxas e tarifas, se instalou uma guerra comercial entre os dois países, guerra essa que pode estar agora a chegar ao fim. “Teremos uma cimeira para assinar o acordo brevemente”, disse o presidente norte-americano aos governadores estatais americanos. A BBC diz mesmo que o encontro deverá ser realizado já em março no Mar-a-Lago, o resort de Donald Trump, na Florida.

A guerra comercial entre Trump e a China, passo a passo

As declarações de Trump sobre um final feliz e rápido quanto a esta “guerra” chegam depois de alguns dias de aumento tensão, em que o presidente dos EUA disse que se preparava para apresentar um novo aumento de taxas sob as importações vindas da China. Porém, e com o avançar das negociações, o líder norte-americano viu potencial para poder adiar o aumento até, no máximo, dia 1 de março: “É com prazer que anuncio que os Estados Unidos fizeram progressos substanciais nas negociações comerciais com a China em temas estruturais. […] Em função disso, vamos adiar o aumento das tarifas, agora agendadas para dia 1 de março”, disse Donald Trump na sua conta de Twitter, como pode ler abaixo.

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No final do tweet, o presidente dos Estados Unidos confirmou que as negociações estão bem encaminhadas para que a cimeira de assinatura de um acordo na sua casa na Florida se torne uma realidade. Depois de seis dias de negociações na última semana entre representantes de China e EUA, pode estar à vista o desfecho. Caso isso não aconteça, Trump deverá cumprir com as ameaças de aumento das taxas das importações da China entre 10 a 25 por cento até dia 1 de março. Entre as exigências norte-americanas estão medidas como o fim de subsídios estatais da China para algumas indústrias estratégicas, bem como a garantia de maior proteção da propriedade intelectual e dos segredos comerciais das empresas norte-americanas.

Caso as negociações cheguem a bom porto e se consiga mesmo um acordo entre as duas potências, dois dos maiores riscos económicos e comerciais que o mundo tinha pela frente este ano podem estar perto de resolução positiva, segundo as notícias veículadas esta semana: de um lado os EUA e a China a fugir de uma guerra comercial, do outro o Brexit a poder passar por um novo referendo ou pelo adiamento da decisão da saída do Reino Unido da União Europeia.

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