A hora marcada para o início do encontro entre Donald Trump e Kim Jong-un foi cumprida a rigor. Eram 18h30 locais (11h30 em Portugal) quando os dois líderes chegaram ao Hotel Metropole, em Hanói. Começaram por falar aos jornalistas e entraram depois num jantar privado, juntamente com mais seis pessoas, três de cada país. Ao contrário do que aconteceu na reunião de Trump com os políticos vietnamitas, não houve metade do aparato. Apenas oito pessoas — seis homens e duas mulheres — reunidas à mesa.

Em relação à reunião e ao almoço em Singapura, em junho do ano passado, desta vez Trump e Kim não ficaram sentados frente a frente, mas sim lado a lado, e houve menos pessoas presentes. Saiba quem se sentou ao lado dos dois líderes durante o jantar.

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Estados Unidos da América

Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos

É a segunda vez que o Presidente dos Estados Unidos se reúne com Kim Jong-un. A primeira aconteceu em junho de 2018, em Singapura, e tratou-se do primeiro encontro de sempre entre líderes da Coreia do Norte e dos EUA. O aperto de mão dado nesse dia ficou para a história e Trump chegou a confessar: “Eu andava a ser muito duro e ele [Kim Jong-un] também. Era isto o tempo todo. E depois apaixonámo-nos. Não, a sério! Ele escreveu-me cartas lindas. Apaixonámo-nos!”. Nesta cimeira, um dos temas em cima da mesa volta a ser o compromisso da desnuclearização da península da Coreia.

Mike Pompeo, secretário de Estado

Mike Pompeo esteve presente na cimeira em Singapura e volta esta quarta-feira a estar à mesa em Hanói. O secretário de Estado norte-americano está envolvido nas negociações desde junho e já se encontrou pessoalmente com Kim, sendo uma dessas vezes em outubro, quando garantiu que houve “progressos” no sentido de acelerar a desnuclearização.

Mick Mulvaney, assistente do Presidente e chefe de gabinete interino da Casa Branca

Em dezembro do ano passado, Mick Mulvaney substituiu Ryan Zinke na liderança do gabinete da Casa Branca. Antes de se juntar à administração de Donald Trump, entre 2011 e 2017, foi congressista da Carolina do Sul na Câmara dos Representantes.

Lee Yun-hyang, tradutora

Tem sido a tradutora oficial do governo norte-americano e esteve presente na primeira reunião com Kim Jong-un. Foi, aliás, a única pessoa autorizada a estar presente na reunião a sós entre os dois líderes. Lee chegou a trabalhar com o Departamento de Estado e a Casa Branca na altura em que George W.Bush e Barack Obama estavam na presidência.

Coreia do Norte

Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte

A sua rota para a cadeira mais alta da Coreia do Norte começou a ser confirmada em 2009, ano em que foi nomeado para diretor da Comissão Nacional de Defesa. Em 2010, foi promovido a general de quatro estrelas e vice-presidente do Comité Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte. Enquanto isso, passou a aparecer ao lado do pai em situações públicas. Depois da morte de Kim Jong-il, Kim Jong-un assumiu a liderança do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte e tornava-se no terceiro líder do país mais fechado do mundo.

Na véspera desta cimeira, Kim Jong-un trouxe para cima da mesa o tópico da carência alimentar e de saúde na Coreia do Norte. “Sou pai, sou marido e tenho filhos. Não quero que os meus filhos carreguem o peso das armas nucleares às costas toda a vida”, terá dito o líder da Coreia do Norte a Mike Pompeo.

“Uma criança com fome não consegue pensar em política ou liberdade.” A realidade dura da infância na Coreia do Norte

Kim Yong Chol, vice-presidente do Comité Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia

O general e antigo membro das secretas norte-coreanas tem estado presente em todos os encontros com Pompeo — e foi ele o enviado a Washington para entregar pessoalmente uma carta de Kim a Trump.

Ri Yong Ho, ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte

O diplomata fez parte de todas as negociações sobre o programa nuclear norte-coreano no passado e foi um dos principais representantes de Pyongyang nas conversações a Seis, em 2003.

Sin Hye Yong, tradutora