O primeiro-ministro defendeu esta quarta-feira que Portugal tem de “pedalar com mais força” para contrariar uma fase “menos animadora da economia mundial” e para continuar na “trajetória de convergência com a União Europeia”.

Nesta fase em que a economia mundial dá sinais menos animadores, temos que pedalar com mais força para contrariar as tendências que vêm de fora e conseguirmos suportar, com a nossa capacidade de consumo e de investimento estratégico, o potencial de desenvolvimento e de crescimento económico para sustentar a dinâmica que temos tido e que temos de ser capazes de manter”, alertou António Costa.

O primeiro-ministro, que discursava no porto de mar de Viana do Castelo, durante a consignação da obra do acesso rodoviário aquela infraestrutura portuária, referiu que “não é nenhuma fatalidade para o país, fazendo parte do euro, hesitar entre crescer ou ter contas desequilibradas, entre estar no euro ou ser capaz de continuar a convergir com a União Europeia”.

“Já percebemos que não há fatalidade. Só é preciso que haja boas políticas para podermos ter bons resultados. E quando os resultados são bons há que prosseguir as políticas que os permitem alcançar. Hoje, felizmente, temos a margem para fazer mais daquilo que é necessário fazer que é, investir nas infraestruturas que ajudam a reforçar e a potenciar o investimento privado já realizado, e a potenciar o nosso crescimento, da nossa economia com uma base exportadora forte”, sustentou.

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“Há boas razões, não para descansarmos, mas para estarmos confiantes de que, se fizermos o que é necessário fazer, iremos chegar a bom porto e continuar a assegurar uma trajetória de convergência com a União Europeia que tem que ser a nossa ambição coletiva”, acrescentou.

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A construção dos acessos rodoviários, reclamada há 43 anos e consignada esta quarta-feira, representa um investimento de 7,3 milhões de euros.

Em causa está uma rodovia com 8,8 quilómetros, que ligará o porto comercial ao nó da Autoestrada 28 (A28) em São Romão de Neiva, com duas faixas de rodagem de 3,5 metros de largura, permitindo retirar o tráfego de pesados do interior de vias urbanas. A obra inclui, ainda, a requalificação de um troço e bermas da Estrada Nacional (EN) 13 e a construção de dois novos troços a ligar esta estrada nacional à A28, com acesso direto ao porto comercial.

A obra, com conclusão prevista para agosto de 2020, é financiada pela Câmara Municipal de Viana do Castelo e pela Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).

Antes, nos estaleiros navais subconcessionados à WestSea, do grupo Martifer, António Costa, acompanhado pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, presidiu à cerimónia de lançamento do concurso para o aprofundamento do anteporto e do canal de acesso aos estaleiros navais e ao cais do bugio.

As obras representam um investimento público de 18,5 milhões de euros e privado de 11 milhões de euros e são, para o primeiro-ministro, um “exemplo” de uma “boa” parceria entre os setores público e privado.