Histórico de atualizações
  • A cobertura do Observador fica por aqui. Muito obrigada por ter estado connosco.

  • A um passo de empurrar o Brexit com a barriga

    E aqui fica o resumo de mais um dia na Câmara dos Comuns que, apesar de tudo, trouxe um pouco mais de definição à situação do Brexit — ou pelo menos um calendário até ao dia 29 de março. O cenário de adiamento ganha cada vez mais forma, mas não é certo que seja esse o caminho.

    Um dia de vitórias com gosto amargo para May. Britânicos a um passo de empurrar o Brexit com a barriga

  • Labour confirma que vai defender novo referendo

    O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, confirmou entretanto que o Partido vai assim apoiar um novo referendo para “impedir um Brexit Tory danoso ou um cenário de no-deal desastroso”.

    “Também vamos continuar a defender outras opções disponíveis para impedir estes cenários, incluindo uma relação económica próxima [com a UE] ou eleições antecipadas”, acrescentou.

  • Moção do Governo aprovada por unanimidade

    E a moção do Governo, tendo em conta que é em tudo semelhante à emenda de Cooper, foi aprovada sem necessidade de votação, por unanimidade.

    “Esta Câmara toma nota da declaração da primeira-ministra sobre a saída da UE a 26 de fevereiro e realça que as discussões entre o Reino Unido e a UE continuam a decorrer”, afirma simplesmente o Parlamento.

  • Emenda de Cooper aprovada por larga maioria

    A proposta de Yvette Cooper, que reforçava a proposta do Governo, foi aprovada com 502 votos a favor e apenas 20 contra.

    A própria reagiu no Twitter acusando os Brexiteers mais radicais do European Research Group de estarem “desesperados” por um no-deal e, por isso, terem votado contra a sua proposta.

  • Vota-se agora a emenda de Yvette Cooper, que reafirma os compromissos feitos por Theresa May de permitir ao Parlamento votar a possibilidade de não-acordo e de extensão do prazo.

  • Emenda sobre direitos dos cidadãos aprovada de imediato devido aos aplausos da Câmara

    Votar-se-ia agora a emenda de Caroline Spelman, mas, como a própria já tinha anunciado, é retirada.

    Vota-se então a emenda de Alberto Costa, que exige ao Governo que se comprometa em respeitar os direitos dos cidadãos europeus no Reino Unido e vice-versa, que é unanimemente aplaudida e o presidente decida aprová-la de imediato.

    Esta é uma proposta altamente relevante para os portugueses que vivem no Reino Unido. Isto significa que, em caso de não-acordo, o Governo britânico se compromete em tentar manter uma situação como a que tinha sido acordada com a UE no acordo de saída.

  • Emenda do SNP chumbada

    Proposta dos nacionalistas escoceses é rejeitada: 324 votos conta e 288 votos a favor.

  • Vota-se agora a segunda emenda, do SNP, que rejeita a possibilidade de o Reino Unido sair sem acordo da UE, “independentemente” da data.

  • Emenda do Labour chumbada

    E já temos o resultado da votação da emenda proposta pelo Partido Trabalhista: 323 votos contra e 240 votos a favor.

    Isto significa que o Partido Trabalhista deverá provavelmente propor uma emenda para que seja realizado um segundo referendo, como anunciou. Esperamos para ver essa formalização.

  • E têm agora início as votações. A primeira emenda a ser votada é a do Labour, que propõe que o Governo negoceie com a UE uma união aduaneira permanente, garantias e direitos para os trabalhadores e para as empresas, bem como uma postura de alinhamento com o mercado único europeu.

  • Ministro para o Brexit reforça garantias aos deputados

    O Governo “compromete-se claramente” a apresentar votações sobre a sua proposta de acordo, a possibilidade de saída sem acordo e a possibilidade de extensão, reforçou Barclay.

    Barclay diz ainda que o Governo está disponível a que uma moção sobre um possível adiamento possa ser “emendável”, ou seja, que os deputados possam votar alterações — como, por exemplo, a duração do adiamento.

    “O Reino Unido só irá sair sem acordo a 29 de março se houver consenso explícito desta Câmara nesse sentido”. Caso contrário, “o Governo apresentará, a 14 de março, uma moção para perceber se o Parlamento quer uma curta extensão do Artigo 50”, reforça o ministro para o Brexit.

  • A resposta é dada por Stephen Barclay, o ministro para o Brexit, que passa a sua vez a Alberto Costa, o deputado cuja emenda sobre direitos dos cidadãos levou à sua demissão do Governo. Este questiona o Governo sobre se este estará disponível para discutir com as instituições europeias a questão dos direitos dos cidadãos, mesmo em caso de não-acordo.

    Barclay explica que o Governo irá fazê-lo, comprometendo-se a “escrever às instituições europeias” pedindo que mantenham em vigor essa parte do acordo (mesmo não sendo aprovado), embora aponte que essa é uma responsabilidade que também pertence aos europeus e não apenas aos britânicos.

  • Labour anuncia que apoiará emenda de Yvette Cooper

    Matthew Pennycook faz agora o último discurso antes da votação em nome do Labour e anuncia que o partido irá apoiar a emenda F, de Yvette Cooper, “para vincular o Governo” àquilo que prometeu no que diz respeito à possibilidade de adiamento.

    Mas avisa: “Qualquer extensão tem de ter um propósito”.

  • Deputado conservador não exclui hipótese de segundo referendo: "Não sei se esta Câmara está capaz de chegar a um consenso"

    O deputado tory Dominic Grieve, que se tem oposto repetidamente às posições do Governo no que diz respeito ao Brexit, partilha com os deputados um sentimento de preocupação. “Não vale a pena” adiar a saída, diz, quando não se sabe “o que fazer com o período de extensão”. “Não sei se esta Câmara está capaz de chegar a um consenso”, desabafa.

    “É por isso que apelo aos meus amigos na bancada do Governo para que não ignorem a possibilidade de consultar o público.”

  • Os britânicos são a favor de um adiamento? "Nim"

    A empresa de sondagens YouGov divulgou o resultado de um dos seus estudos inquirindo os britânicos sobre se concordam com uma extensão do Artigo 50. Como em tudo o resto que diz respeito ao Brexit, a sociedade parece estar dividida: 43% a favor, 38% contra.

    Como seria de esperar, a esmagadora maioria dos que votaram para Ficar na UE apoiam a medida (71%) e a maioria dos que votaram para Sair estão contra (66%). Mas, embora o Leave tenha ganho em 2016, agora há uma ligeira maioria a achar que a saída deve ser adiada.

  • Labour suspende deputado que afirmou que partido "pediu demasiadas desculpas" por anti-semitismo

    Entretanto, a direção do Partido Trabalhista tomou a decisão de suspender Chris Williamson, deputado e whip do partido, que afirmou recentemente que o partido cedeu demasiado em relação às acusações de anti-semitismo que lhe têm sido feitas. “Recuámos demasiado, concedemos demasiado terreno, pedimos demasiadas desculpas”, declarou Williamson publicamente.

    A controvérsia surge depois de vários deputados terem abandonado o Labour na semana passada para formar o Grupo Independente nos Comuns. Em causa estava também a forma como a liderança do Partido tem lidado com as múltiplas acusações de anti-semitismo de que é alvo. Luciana Berger, uma das deputadas que saiu, é ela própria judia e disse sentir-se alvo de “bullying” dentro do partido.

  • Yvette Cooper: "Precisamos de garantias"

    Yvette Cooper, a deputada responsável pela emenda sobre o adiamento do Artigo 50 (ou seja, a extensão do prazo de negociação para o Brexit), fala agora perante os Comuns.

    “Precisamos de garantias, porque já tivemos votações marcadas que foram retiradas e moções propostas que foram retiradas”, afirma. O que significa que pode manter a sua emenda para ser votada e forçar assim May, com mais força política, a comprometer-se com a votação de um adiamento em caso de não acordo.

  • Extensão sim, mas por quanto tempo?

    No Parlamento, o debate vai continuando, com menos gás a esta hora. Um dos momentos mais interessantes foi aquele em que um tory, o deputado Nick Boles, afirmou que está disposto a votar a favor da emenda de Yvette Cooper, sobre a extensão, mas questionou o Governo sobre se os deputados teriam uma palavra a dizer sobre a duração dessa extensão.

    David Lidington respondeu que não consegue imaginar “nenhuma circunstância” em que o Governo não trouxesse qualquer extensão acordada para ser votada no Parlamento, o que foi elogiado por outro deputado como sendo um esclarecimento “extraordinariamente útil”. Com esse compromisso perante o Parlamento de que os Comuns irão votar em qualquer cenário de extensão se ele for equacionado, é possível que a emenda de Cooper venha a ser retirada entretanto.

  • Spelman deixa cair a sua emenda: "Esta é a altura de sermos pragmáticos"

    Caroline Spelman anunciou entretanto que vai retirar a sua emenda, que pedia para o Parlamento ter voto na matéria sobre os passos a dar daqui para a frente. Tendo em conta que a primeira-ministra e o Governo têm reforçado que estão dispostos a fazê-lo, a deputada conservadora considerou que tal não se justificava.

    “A atmosfera está a mudar”, declarou no Parlamento, dizendo que May demonstrou que “a vontade da Câmara foi aceitada”. “Esta é a altura de sermos pragmáticos”, vaticinou.

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