O Jardim Zoológico da Maia conta com três novos inquilinos, uma zebra e dois veados que nasceram este mês e cujo sexo será revelado em breve, passando para o público a tarefa de escolha dos nomes dos bebés.

“Temos assistido a vários nascimentos. Nuns casos, o cuidado fica a cargo das próprias progenitoras, noutros é a equipa técnica do zoo que tem de intervir e alimentar a biberão”, contou à agência Lusa a bióloga responsável do zoo Mónica Correia, para explicar o porquê do sexo destas novas crias ainda não ser conhecido.

É que a zebra que nasceu a 8 de fevereiro tem uma mãe “super protetora” e os veados, um com quase um mês de vida, já que nasceu a 6, e outro com dois dias, já que o parto aconteceu na terça-feira, são “tímidos” e têm o hábito de se refugiarem nos primeiros tempos.

Mónica Correia apontou que o sexo dos novos bebés do Jardim Zoológico da Maia será conhecido “em breve”, seguindo-se depois uma divulgação que culminará na atribuição de nomes, com ajuda dos visitantes do zoo.

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Em causa estão dois Veados Ladradores e uma Zebra das Planícies. A nova zebra tem ainda as riscas castanhas, característica de um animal ainda bebé, que os tratadores supõem que se trate de uma fêmea que passou por um período de gestação de cerca de um ano. Já os veados, que estão a viver em habitats separados, porque cada “família” tem o seu macho dominante, deverão ter nascido com cerca de 600 gramas, estão a ser alimentados pela mãe e dentro de alguns meses vão experimentar vegetais e frutas.

A responsável do Zoo da Maia, no distrito do Porto, explicou que este equipamento, que é gerido pela junta de freguesia local, com o apoio da câmara municipal, já tem nove veados, razão pela qual está a estudar a hipótese de fazer permutas com outros jardins zoológicos, para receber espécies distintas das que acolhe.

“O nosso objetivo não é que os animais se reproduzam indefinidamente. Queremos que tenham um espaço digno e confortável”, descreveu a responsável.

O Zoo da Maia, fundado em 1985, conta atualmente com cerca de 500 animais de uma centena de espécies, números que contabilizam a coleção de aves e de répteis. Veterinários, biólogos, tratadores, monitores e funcionários administrativos completam uma equipa de cerca de 30 pessoas.

Visitas guiadas, um peddy paper, visionamento de nascimentos de aves, demonstrações sobre a vida dos répteis ou o programa “Vamos dar de comer à bicharada” são algumas das atividades procuradas pelos cerca de 100.000 visitantes anuais do zoo. Desse número de visitas, destacam-se as escolas e soma-se a procura de estrangeiros, maioritariamente de Espanha, Bélgica, Brasil e Alemanha.

Os responsáveis do Zoo da Maia estimam que 2018 tenha sido “o melhor ano dos últimos cinco”, com a visita de cerca de 130.000 pessoas, 20% dos quais de outros países. “Este equipamento é essencial, numa lógica de um turismo metropolitano, uma vez que o Porto e outras cidades vizinhas não têm esta oferta. O crescimento, em termos de visitas de estrangeiros, tem sido acentuado”, disse à Lusa o presidente da Câmara da Maia, António Silva Tiago.

Já a presidente da Junta de Freguesia Cidade da Maia, Olga Freire, revelou que conta até ao final do ano avançar com obras para criar novos habitats, nomeadamente para felinos, animais noturnos (cobras, lagartos, mamíferos) e suricatas. Também está prevista a requalificação do habitat do leão marinho, dando profundidade à piscina e melhorando a zona para receber mais animais desta espécie.

Entretanto, em abril o Zoo da Maia acolherá uma nova vertente ligada à falcoaria, com demonstrações, exposições e atividades que vão decorrer no pavilhão multiusos, onde também está instalada uma exposição de esqueletos com 41 exemplares de aves, mamíferos e répteis.

“A Esqueletolândia é única no país e é fruto de uma parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Já o projeto de falcoaria será dinamizado pela ArtFalco e trata-se de uma arte milenar reconhecidas pela UNESCO. O nosso objetivo é sempre atrair mais visitantes e enriquecer a oferta”, concluiu a autarca.