O consórcio da Atlantic Gateway, que detém 45% da TAP, reafirmou esta sexta-feira que pretende manter o hub da empresa em Lisboa, referindo que a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia não vai afetar a decisão já tomada.

O Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) considerou na quarta-feira que as condições do Governo na privatização da TAP foram “compatíveis com o direito da União“, excetuando-se a obrigação “além do necessário” de um centro de operações nacional.

“As condições estabelecidas pelo Governo português no âmbito da reprivatização da TAP são compatíveis com o direito da União, com exceção da obrigação de manutenção e de desenvolvimento do centro de operações hub nacional“, indica o Tribunal de Justiça da UE em comunicado.

O Tribunal de Justiça da UE adianta, contudo, que “a exigência relativa à manutenção e ao desenvolvimento do centro de operações hub nacional existente vai além do que é necessário para alcançar o objetivo pretendido de conectividade dos países terceiros lusófonos em causa”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Os líderes do consórcio, David Neeleman e Humberto Pedrosa, garantiram que esta decisão não vai alterar a sua posição, com a Atlantic Gateway a reafirmar que continua a ser fundamental para a estratégia da TAP ter o seu hub em Lisboa como plataforma preferencial entre as Américas e a Europa.

“Portugal está muito bem posicionado para ser um hub para receber pessoas na Europa. Está apenas a 3.300 milhas de Nova Iorque. Não há outra cidade grande no continente europeu que esteja mais perto do que está Lisboa”, afirma David Neeleman, citado num comunicado enviado à Lusa.

O responsável do consórcio acrescenta que a TAP é um “projeto fantástico”. “Estou muito satisfeito com a evolução da companhia e com o plano estratégico que estamos a implementar. Continuamos a preparar a TAP para se manter nesta rota de crescimento e é esse o nosso principal desafio para os próximos anos”, frisou.

No mesmo comunicado, Humberto Pedrosa assinala que este é um “projeto ambicioso”, garantindo que existe a máxima confiança no seu sucesso.

“A TAP está numa rota de crescimento e tem tomado medidas para garantir a sua sustentabilidade a longo prazo. Contratou mais 2.200 pessoas, tem mais e novos aviões, 37 até ao final deste ano num total de 71 até 2025, e tem mais nove rotas novas desde a privatização”, salienta.

Atualmente, a TAP é detida em 50% pelo Estado, sendo o restante capital do consórcio Atlantic Gateway (45%) e dos trabalhadores (5%).

[frames-chart src=”https://s.frames.news/cards/passageiros-da-tap/?locale=pt-PT&static” width=”300px” id=”174″ slug=”passageiros-da-tap” thumbnail-url=”https://s.frames.news/cards/passageiros-da-tap/thumbnail?version=1549558273961&locale=pt-PT&publisher=observador.pt” mce-placeholder=”1″]