A China criticou esta sexta-feira a decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC), que deu razão aos Estados Unidos numa disputa sobre subsídios agrícolas, e que considerou que Pequim favorece os agricultores domésticos em detrimento do comércio internacional.

“A China sempre respeitou as regras da OMC e avaliará cuidadosamente o relatório do grupo de especialistas, tratará de maneira apropriada, de acordo com os procedimentos de solução de controvérsias da OMC”, apontou o Ministério do Comércio chinês, em comunicado, no qual assegurou que “o lado chinês lamenta” a decisão.

Na quinta-feira, a OMC deu razão a uma queixa apresentada pelos Estados Unidos contra os subsídios a alimentos dados por Pequim entre 2012 e 2015 e disse que o gigante asiático concedeu subsídios em excesso, não respeitando assim os compromissos comerciais internacionais.

Essa decisão pode forçar Pequim a reduzir os subsídios agrícolas para produtores de trigo, arroz e milho, algo que poderá ajudar os agricultores norte-americanos a tornarem-se mais competitivos.

Em setembro de 2016, sob o governo do Presidente Barack Obama, os Estados Unidos apresentaram uma queixa formal à OMC denunciando o “apoio excessivo” do governo chinês na forma de subsídios para a produção de arroz, trigo e milho.

Segundo Obama, esses subsídios “injustos” do governo chinês representam uma “violação” das regras da OMC, já que “os preços injustamente distorcidos de importantes cultivos levam à superprodução na China e colocam os exportadores norte-americanos em desvantagem”.

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