Depois do Ministério Público ter autorizado a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) a fornecer uma cópia da auditoria à Assembleia da República, agora é o juiz Ivo Rosa que também quer ler o trabalho da consultora EY que analisou os créditos mais problemáticos aprovados pela Caixa no período 2000/2015.

De acordo com a RTP, que avançou a notícia, o juiz que lidera a fase de instrução criminal da Operação Marquês pediu uma cópia da auditoria da EY à Assembleia da República por considerar ”necessário e relevante” a entrega desse documento para a descoberta da verdade no caso que tem o ex-primeiro-ministro José Sócrates como principal arguido.

Recorde-se que uma das acusações feitas a Sócrates e a Armando Vara, ex-administrador da CGD, prende-se precisamente com a alegada influência daqueles dois responsáveis na concessão de créditos alegadamente irregulares de mais de 280 milhões de euros a um grupo de investidores portugueses que queriam adquirir o resort algarvio Vale do Lobo. Sócrates e Vara são suspeitos de terem dividido alegadas comissões de 2 milhões de euros, que foram depositadas em contas bancárias na Suíça, para influenciarem a aprovação daqueles créditos a um grupo de investidores liderados por Diogo Gaspar Ferreira e Rui Horta e Costa.

Os crimes na Caixa Geral de Depósitos já prescreveram? Nem por isso

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