O Estado já começou a receber os medicamentos feitos a partir de plasma português, mas as poupanças que a redução das importações permitiria trazer ainda não estão a ser aproveitadas nos hospitais porque falta adaptar processos e aprovar legislação, incluindo a tabela de preços para estes produtos. Segundo noticia o Público esta sexta-feira, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) reconhece que se tem gerado “alguma morosidade” neste processo e a empresa fornecedora — a Octapharma — confirma que “até ao momento” não teve “qualquer indicação por parte do IPST sobre os locais e quantidades para a distribuição dos medicamentos derivados do plasma nacional fracionado”.

Numa primeira fase, a utilização destes medicamentos poderia gerar poupanças de dois milhões de euros, segundo o PúblicoA Octapharma já começou, no final do ano passado, a entregar os medicamentos, que se usam no tratamento de doenças auto-imunes, oncológicas, hemofilia e queimados. Mas os produtos não estão a sair do armazém porque falta publicar em Diário da República a tabela de preços que vai reger as compras por parte dos hospitais. O IPST garante que essa publicação acontecerá “brevemente”, para que os medicamentos possam começar a chegar aos hospitais — são produtos que têm prazos de validade entre 24 e 36 meses.

“Dado tratar-se de algo inovador, que tem arrastado consigo uma logística complexa, houve, naturalmente, que adequar muitos procedimentos a esta nova realidade, o que tem trazido alguma morosidade ao processo”, reconhece o IPST, ao Públicomantendo a intenção de reduzir “significativamente a dependência externa” neste tipo de medicamentos.

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