Era uma promessa de campanha de Rui Rio que vê agora a luz do dia: o PSD vai acabar com o pagamento das quotas de forma massiva ou “por atacado”. Através de um comunicado enviado às redações, o partido anunciou que a medida entra em vigor a partir desta sexta-feira, dia 1 de março. “Uma prática que se arrastava há muito anos e que era utilizada ilicitamente para tentar comprar votos e manipular resultados eleitorais internos”, escreve o PSD.

Para isso, os militantes social-democratas deixam de poder fazer o pagamento das obrigações através de transferência bancária utilizando um código simples: o número de militante antecedido de zeros. Ou seja, não era necessária qualquer solicitação ou autorização para avançar com o pagamento. Um desvirtuamento “das regras democráticas de qualquer ato eleitoral”.

Agora o modo de regularizar a situação muda. Os militantes serão obrigados a pedir ao partido uma referência de multibanco aleatória, que será válida durante os 90 dias seguintes ao pedido, para poderem fazer o pagamento. “Desta forma, o pagamento passa a ser feito voluntariamente pelo militante ou, no limite, por quem ele permitir”, explica-se no comunicado.

Para Rui Rio, é importante que a militância seja exercida de forma participada e também que a população, nomeadamente os eleitores, reconheçam que os partidos são instituições confiáveis e que têm um papel determinante no funcionamento do sistema democrático”, lê-se ainda na nota dos sociais-democratas.

A direção de Rui Rio garante que esta medida tem em vista “uma maior transparência, a reorganização administrativa e, sobretudo, a recuperação da credibilidade dos partidos políticos junto dos cidadãos”.

A medida foi conhecida esta sexta-feira, o último dia das jornadas parlamentares do PSD, que decorrem desde quinta-feira na cidade do Porto.

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