Vários inquilinos no Porto estarão a contratar seguranças privados para se defenderem de práticas intimidatórias dos senhorios, avança o Jornal de Notícia. Os senhorios terão contratado homens para ameaçar os inquilinos e pressioná-los a abandonar as casas e desistir dos contratos, para que depois possam aumentar os preços das habitações que arrendavam.

José Fernandes, da Associação de Inquilinos do Norte, fala em “ações de guerrilha”, “bullying imobiliário” e “criação de terror” levadas a cabo por “capangas” contratados que terão chegado a ameaçar a vida dos inquilinos. “As pessoas vivem aterrorizadas”, garante o advogado, apontando para “técnicas de intimidação” que incluem “inundar zonas comuns do prédio”, “cortar luz e água sem razão”, “aparecer sem avisar para mostrar a casa a um investidor” ou “levar “gorilas” que intimidem as pessoas”.

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Os casos noticiados pelo Jornal de Notícias centram-se no Porto. Inês Branco, do movimento Temos Direito à Cidade, reforça as acusações de José Fernandes, referindo “”mentiras” e “ameaças verbais ou físicas” que geram um alarmante “nível de desproteção das pessoas”. “Isto é uma selva que se propaga sem nenhum travão“, acrescenta, pedindo a intervenção da Câmara Municipal do Porto para “limitar licenças de Alojamento Local” e parar as práticas intimidatórias.

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A resposta dos inquilinos será a contratação de seguranças privados, fora do horário normal de trabalho. Por cerca de 50 euros estes impediram as práticas ilegais dos senhorios, afastando os “intimidadores” contratados.

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Os casos surgem depois da morte de um homem num incêndio na Rua de Alexandre Braga. O fogo poderá ter tido origem criminosa, umas vez que os únicos inquilinos do prédio (o homem, a mãe e os três filhos) estariam a ser ameaçados regularmente por indivíduos “corpulentos” que ameaçaram represálias caso os inquilinos não deixassem o prédio.