O Sindicato dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP), da Venezuela, denunciou esta quarta-feira que quadros da Direção de Contrainteligência Militar (DGCIM, serviços secretos militares) detiveram o jornalista norte-americano Cody Weddle, no seu apartamento em Caracas.

“Perdeu-se o contacto com o jornalista norte-americano Cody Weddle, cuja residência, em Caracas, foi alvo de uma rusga por funcionários da DGCIM”, explica o SNTP na sua conta da rede social Twitter. Segundo o sindicato, o jornalista foi detido “e junto com ele, levaram o equipamento de trabalho”.

“O assistente do jornalista, o venezuelano Carlos Camacho, também foi detido pela DGCIM. Antes (também) efetuaram uma rusga à sua residência, no centro de Caracas”, acrescentou o sindicato.

Numa outra mensagem, o SNTP precisa que a detenção de ambos eleva para “36 os casos de jornalistas e trabalhadores da imprensa presos por Nicolás Maduro, ao longo de 2019”.

Vários jornalistas venezuelanos relacionam as detenções com a cobertura dos eventos na fronteira da Colômbia com a Venezuela, a 23 de fevereiro último, quando a oposição tentou fazer entrar ajuda humanitária internacional no país.

Entretanto, os EUA já se pronunciaram sobre a detenção, exigindo a “libertação imediata” de Cody Weddle, que trabalha para os órgãos ABC News, CBC, Miami Herald e Telegraph.

“O Departamento de Estado (DE) está profundamente preocupado por dados que dão conta de que outro jornalista dos EUA foi detido na Venezuela, por (Nicolás) Maduro, que prefere reprimir a verdade em vez de a enfrentar. Ser jornalista não é um delito. Exigimos a libertação imediata do jornalista”, defende o DE no Twitter.

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