Enviada especial a Luanda

Dia longo em Luanda, que não terminou sem um pedido de ajuda. De irmão para irmão. João Lourenço dirigiu-se a Marcelo Rebelo de Sousa no momento que antecedeu o jantar oficial no Palácio Presidencial para apelar à ajuda de Portugal no processo de eleições autárquicas que, pela primeira vez, vai ser levado a cabo em Angola em 2020.

“Angola vai realizar pela primeira vez eleições autárquicas, e gostaríamos de contar com o apoio dos países amigos, neste caso de Portugal, por ter uma longa experiência nesse domínio”, disse o Presidente angolano pouco antes do brinde oficial entre os dois Presidentes. Marcelo, na resposta, deixou claro que Angola podia contar com Portugal, e prometeu que “nada separará” os dois países daqui para a frente.

Pouco antes de as taças se erguerem para o brinde, Marcelo garantiu que iria estar ao lado do povo angolano. “Podem contar connosco na vossa missão renovadora e recriadora. Portugal estará sempre, e cada vez mais, ao lado de Angola”, disse.

Lourenço retribuiu com um elogio pessoal, lembrando a alcunha “carinhosa” pela qual Marcelo é conhecido em terras angolanas [Ti Celito], mas sem a nomear. “Atendendo à popularidade que goza entre nós, que é traduzida pelas expressões de afeto com que o brindam na rua e pelo carinhoso nome com que o batizaram, e que eu não vou citar, reitero votos de uma boa estadia”, disse o anfitrião. E as taças ergueram-se para brindar “ao reforço dos laços de amizade” entre os dois “irmãos”.

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