As campanhas europeias na Liga dos Campeões e na Taça EHF, as carreiras com apenas um desaire pelo meio em termos internos e a qualidade dos plantéis não deixava grande margem de dúvida: o clássico entre Sporting e FC Porto no Pavilhão João Rocha, uma semana depois do triunfo dos dragões frente ao Benfica e a quatro dias da deslocação dos leões à Luz, tinha tudo para ser um dos jogos grandes desta fase regular do Campeonato Nacional de andebol. E foi, com emoção, qualidade, dois grandes guarda-redes (Quintana e Skok) e incerteza até ao final no resultado. No final, e após uma grande recuperação, os leões repetiram o triunfo da primeira volta no Dragão e venceram por 26-23 no Pavilhão João Rocha.

FC Porto vence Benfica na Luz e reforça liderança no Campeonato antes do clássico em Alvalade

Os portistas entraram melhor no encontro e não demoraram a conseguir vantagens de três (4-1) e quatro (6-2) golos, quando só estavam ainda jogados dez minutos. Protestos leoninos com a arbitragem à parte (que motivaram mesmo uma curta paragem na partida), a grande diferença entre as equipas estava na intensidade e agressividades defensivas, no ritmo certo pelos portistas e com muitas falhas entre os verde e brancos, que permitiram três golos quase seguidos de Diogo Branquinho. A partir daí, o Sporting conseguiu aproveitar melhor as vantagens numéricas, encontrou outro critério nos ataques organizados e foi reduzindo distâncias, aproveitando o momento menos conseguido no primeiro tempo dos comandados de Magnus Andersson.

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A dez minutos do intervalo, os azuis e brancos ganhavam apenas por dois golos (9-7) mas uma série de intervenções de Quintana permitiram ao outro ponta, António Areia (melhor marcador da equipa até ao momento na temporada), aumentar novamente a vantagem. Com mais um livre de sete metros convertido, Ghionea reduziu já com os 30 minutos esgotados para 15-12, resultado que mostrava de forma correta a supremacia do FC Porto em quase todos os capítulos do encontro.

A segunda parte começou na mesma toada, sem que os visitantes conseguissem alargar a vantagem nem os visitados reduzissem a mesma, mas tudo mudou a partir dos 39 minutos, momentos depois de Fábio Magalhães ter feito o 19-15 da primeira linha: ao contrário do que costumava acontecer há não muito tempo (na fase em que o FC Porto ganhou sete títulos consecutivos), os leões tiveram capacidade de melhorar na ponta final, o guarda-redes Skok aumentou a taxa de eficácia na baliza e o encontro voltou a estar empatado após um parcial de 6-2 que deixava tudo em aberto para os derradeiros dez minutos.

A cerca de cinco minutos do final, e depois de uma série com livres de sete metros defendidos, posses de bola sem ataque e bolas no poste, um golo de Frankis Carol deu a primeira vantagem verde e branca (23-22) e o Sporting chegou mesmo a um avanço de quatro golos (26-22) no seguimento de um período de mais de dez minutos sem golos dos dragões – que o máximo que conseguiram até ao final foi mesmo reduzir para 26-23 nos últimos segundos, com tudo decidido. Com este resultado, o FC Porto está ainda no primeiro lugar mas já sabe que será ultrapassado ou igualado pelos leões, que têm um encontro em atraso frente ao rival Benfica (a derrota dá sempre um ponto). Ainda assim, e ao contrário do que se passou na época passada, a fase final tem tudo para ser disputada até à derradeira jornada entre os três “grandes” e crónicos candidatos ao título.