O choque era brutal, para todos os que visitavam o stand da Aston Martin no Salão de Genebra. Juntamente com os tradicionais modelos do fabricante britânico, sempre elegantes, desportivos e repletos de personalidade, eis que surgia o concept de um SUV eléctrico com emblema da Lagonda, a outra marca do grupo. Se bem que existam alguns pormenores curiosos e agradáveis no design do imponente SUV, a solução encontrada para a traseira, que se assemelha em demasia a uma urna fúnebre, coloca a criação da Lagonda na liderança destacada dos veículos menos atraentes presentes em Genebra.

A Aston Martin, que fabrica coupés e berlinas de uma elegância extrema e com forte espírito desportivo, continua apostada em fazer regressar ao mercado a Lagonda, que pretende assumir-se como o pináculo do luxo, ainda que menos desportiva, para não concorrer com a Aston Martin. A estratégia passa por conceber veículos eléctricos e, para desencadear a ofensiva, nada melhor do que um SUV de proporções gigantescas e uma traseira nada consensual, que deverá chegar ao mercado em 2022.

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Denominado Lagonda All-Terrain, este SUV alimentado por bateria pode ser estranho por fora, mas é surpreendentemente rebuscado e luxuoso por dentro. Optimizado para quatro adultos, apesar de possuir uma bitola que ultrapassa confortavelmente os cinco metros, o All-Terrain evidencia, segundo o CEO da Aston Martin Lagonda, Andy Palmer, “o caminho a seguir por uma marca com história e que pretende regressar ao mercado por cima, no segmento de luxo”.

Além de inúmeras soluções surpreendentes que se podem encontrar dentro do habitáculo, há um pormenor que se destaca: a chave. Em vez de fazer desaparecer este elemento no bolso do condutor, seguindo a tendência actual, a Lagonda opta pôr expô-la bem à vista de todos, fazendo-a levitar entre os bancos da frente, recorrendo a electromagnetismo.

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