Uma funcionária da Segurança Social de Coimbra inventou 85 identidades de mulheres grávidas para obter os abonos de família pré-natal, recebendo indevidamente mais de meio milhão de euros. A mulher foi detida pela Polícia Judiciária, noticia este sábado o Jornal de Notícias.

De acordo com este jornal, a mulher de 49 anos utilizou algumas das identidades de forma repetida, falseando perto de uma centena de gravidezes ao longo de quatro anos, entre 2014 e 2018. O esquema foi descoberto por inspetores da Diretoria do Centro da PJ e a mulher foi detida na quinta-feira, estando a ser investigada por suspeitas de crimes como burla, falsidade informática e branqueamento de capitais.

A funcionária da Segurança Social foi interrogada por uma juíza na sexta-feira e ficou sujeita a apresentações diárias às autoridades e proibida de se ausentar do país. Ainda assim, não está suspensa de funções.

O abono de família pré-natal, um subsídio atribuído a mulheres grávidas com baixos rendimentos a partir da 13.ª semana de gravidez, tem como objetivo apoiar a natalidade. A mulher forjou 85 números de identificação de segurança social, que registou em vários centros distritais da Segurança Social, candidatou essas “mulheres” ao subsídio e depois recorreu às suas credenciais de acesso ao sistema para aprovar todas as candidaturas.

A mulher fez ainda todos os possíveis para atribuir o valor máximo em todos os casos, nomeadamente indicando que as mulheres eram mães solteiras. Com isto, conseguiu receber uma média de 13 mil euros por mês durante quatro anos. O dinheiro terá sido praticamente todo gasto em vestuário, acrescenta o Jornal de Notícias.

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