As autoridades de Caracas abriram esta segunda-feira um corredor humanitário entre duas cidades venezuelanas e a cidade colombiana de Cúcuta, para o trânsito de pessoas mas continua a recusar a entrada de alimentos.

O corredor, aberto inesperadamente, já permitiu a entrada na Colômbia de cerca de 300 pessoas, entre doentes que precisam de cuidados médicos e medicamentos e crianças venezuelanas que frequentam escolas colombianas.

Segundo a imprensa colombiana, o corredor está a funcionar pelas pontes internacionais Francisco de Paula Santander e Simón Bolívar, que ligam as localidades venezuelanas de Ureña e Santo António, no Estado de Táchira, com a cidade de Cúcuta, no departamento Norte de Santander.

As duas pontes estavam encerradas pelas autoridades venezuelanas desde o passado dia 23 de fevereiro, altura em que a oposição venezuelana tentou fazer entrar no país ajuda humanitária internacional armazenada num centro de acolhimento de Cúcuta.

Utilizadores das redes sociais divulgaram vídeos em que venezuelanos queixam-se de que a Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar), não permite no regresso à Venezuela o transporte de qualquer tipo de bens alimentares. Num dos vídeos, uma mulher aparece a queixar-se, em lágrimas, que a GNB não a deixou regressar porque levava iogurte e bolachas numa bolsa, vincando que tinha medo mas que iria arriscar e atravessar ilegalmente o rio que serve de fronteira entre os dois países.

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