Histórico de atualizações
  • E assim nos despedimos por hoje.

    Amanhã o Observador continuará a acompanhar os desenvolvimentos na Câmara dos Comuns, com a votação sobre a possibilidade de um no deal (ou hard Brexit, saída à bruta ou Brexit sem acordo, como preferir chamar-lhe).

    Obrigada por ter estado connosco!

  • May lutou pelo acordo até a voz lhe doer

    Para compreender um pouco em que pé fica o Brexit depois do dia de hoje, pode ler o nosso Especial, onde se explica que May lutou por este acordo até a voz lhe doer, mas que pode bem terminar sem voz. A possibilidade de uma saída sem acordo é mais forte do que nunca e as formas de evitar tal cenário são, no mínimo, criativas. A 17 dias da data marcada para o Brexit, só podia sê-lo.

    Theresa May lutou até a voz lhe doer. Não convenceu e arrisca-se a um “no deal”

  • PM espanhol: deputados britânicos "não conseguiram chegar a um consenso básico"

    O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, também já reagiu a esta votação nos Comuns. Num artigo de opinião publicado no El País, Sánchez afirmou que os deputados britânicos “nem ratificaram o acordo de saída, nem conseguiram chegar a um consenso básico sobre as possibilidades existentes: uma saída sem acordo ou permanecer na UE”. Contudo, reforçou que Espanha estará preparada para todos os cenários, “com ou sem acordo”.

    A reação do líder espanhol é particularmente relevante por causa de Gibraltar: na península vivem cerca de 30 mil pessoas, na maioria cidadãos britânicos, mas muitos espanhóis atravessam diariamente a fronteira para ir trabalhar neste território britânico ao largo de Espanha.

  • Primeiro-ministro holandês: "espero uma justificação credível e convincente"

    O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, já reagiu, afirmando que é necessária “uma justificação credível e convincente” para qualquer extensão do Artigo 50.

    A solução tem de vir de Londres”, disse Rutte. “Se o Reino Unido apresentar um pedido fundamentado para a extensão, espero uma justificação credível e convincente. A Europa dos 27 vai considerar o pedido e decidir por unanimidade. O bom funcionamento das instituições da União Europeia tem de ser assegurado.”

  • Andrea Leadsom continua na Câmara a responder aos pedidos de clarificação dos deputados — “iremos votar a que horas na quinta-feira?”, “se for pedida uma extensão será de quanto tempo?”, etc. —, mas mantém o suspense. Limita-se a dizer que a votação de amanhã será sobre o no deal e, se não for aprovado, haverá nova votação na quinta-feira.

  • 75 conservadores votaram contra o acordo

    Já tínhamos reparado que o acesso ao site da Câmara dos Comuns que discrimina os resultados das votações estava em baixo. O Guardian confirmou isso mesmo, mas conseguiu apanhar um resumo da divisão dos votos por partido. Aqui fica ela:

    A favor do acordo

    Conservadores: 235
    Trabalhistas: 3
    Independentes: 4

    Contra o acordo

    Trabalhistas: 238
    Conservadores: 75
    SNP: 35
    Independentes: 17
    Lib Dems: 11
    DUP: 10
    Plaid Cymru: 4
    Verdes: 1

  • Já foi entregue uma emenda à moção de saída sem acordo

    O presidente da Câmara anunciou entretanto que já recebeu uma proposta de emenda à moção que será votada amanhã, sobre a possibilidade de saída do Reino Unido da UE sem acordo.

  • Calendário para os próximos dias sairá a conta-gotas

    Andrea Leadsom, a representante do Governo nos Comuns, anuncia agora o calendário para os próximos dias:

    • Quarta-feira (13 de março) começará com uma declaração de um membro de Governo, seguido de debate e votação sobre a possibilidade de uma saída sem acordo
    • Quinta-feira (14 de março) há debate de uma moção sobre o tratamento de doenças raras

    O calendário deixa alguns membros perplexos, já que quinta-feira continua um dia marcado como antes, que apenas será alterado na sequência da votação de amanhã, se for o caso.

    Bercow pede para Leadsom esclarecer: isso significa que, se houver alterações, amanhã fará uma clarificação sobre o dia seguinte? A ministra garante que sim. E acrescenta que não haverá alterações de horários: “A moção será apresentada da forma habitual”, garantiu.

    “Se uma saída sem acordo for aprovada, isso tornar-se-á a política do Governo. Se for chumbada, será votada a possibilidade de uma extensão do Artigo 50 no dia seguinte”, resume.

  • Barnier: "As nossas preparações para um cenário de no deal são agora mais importantes do que nunca"

    Também Michel Barnier, negociador-principal da UE, já reagiu à votação. E deixou um aviso: “As nossas preparações para um cenário de no deal são agora mais importantes do que nunca.”

  • Tusk: "É difícil ver o que mais podemos fazer"

    Entretanto, já há reações de Bruxelas: “Lamentamos o resultado da votação desta noite e estamos desiludidos porque o Governo britânico não conseguiu uma maioria em torno do Acordo de Saída acordado entre as duas partes em novembro”, afirmou um porta-voz de Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu.

    “Do lado da UE, fizemos tudo o que era possível para conseguir um acordo. Tendo em conta as garantias extra que demos em dezembro, em janeiro e ontem, é difícil ver o que mais podemos fazer.” O porta-voz remata: “Uma solução para o impasse só pode vir de Londres.”

  • Margem de 149 votos de diferença

    A margem de derrota (149 votos) é, apesar de tudo, menor do que a registada em janeiro (230). No entanto, mais uma vez o resultado é uma derrota para May.

  • Corbyn: "A primeira-ministra tentou apressar o relógio e o relógio ficou sem tempo para ela. Talvez seja altura de irmos a eleições"

    “Um no deal tem de ser retirado de cima da mesa”, diz Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista, depois de ter reforçado que a votação desta noite mostra que o acordo de May estava “morto”.

    Também afirma que irá tentar reunir apoio sobre a sua proposta. E acrescenta: “A primeira-ministra tentou apressar o relógio e o relógio ficou sem tempo para ela. Talvez seja altura de irmos a eleições.”

  • May anuncia liberdade de voto para os membros do Governo na questão de amanhã do "no deal"

    Theresa May anuncia que continua a acreditar “que o melhor para o Reino Unido é sair de forma ordenada, com um acordo”.

    Contudo, tendo em conta a situação, anuncia que irá respeitar o que já tinha prometido e que se mantém o calendário proposto: votação na quarta-feira sobre saída sem acordo e, em caso de chumbo, votação de adiamento na quinta-feira.

    Sobre a votação de amanhã, May anuncia que não dará nenhuma orientação de voto — o que significa que os membros do Governo podem votar como bem entenderem sobre a possibilidade de sair sem acordo.

  • Proposta de acordo de May chumbada

    Câmara dos Comuns chumba acordo: 391 votam contra, 242 a favor.

  • Tem agora início a votação sobre a proposta de acordo do Governo de Theresa May com a União Europeia para uma saída ordenada a 29 de março.

  • Barclay: "É tempo de escolhermos, apoiarmos esta medida e fazermos o país andar"

    “O aconselhamento jurídico serve para informar uma decisão política, que é o que temos de fazer hoje”, declara o ministro para o Brexit.

    “É tempo de escolhermos, apoiarmos esta medida e fazermos o país andar”, remate.

  • Barclay, ministro para o Brexit: "Não creio que a UE queira entrar de má-fé neste acordo"

    Tem agora a palavra Stephen Barclay (ministro para o Brexit), no discurso final antes da votação.

    “Esta noite o Governo apresenta um pacote de medidas que extingue o risco de no deal“, afirma. “Os receios de ficarmos presos no backstop têm sido repetidamente ditos nestes debates. Não creio que a UE queira entrar de má-fé neste acordo.”

  • Últimos discursos antes da votação

    Theresa May já está de novo na Câmara para a votação.

    Tem agora a palavra Keir Starmer, ministro-sombra para o Brexit do Labour: “É agora óbvio que as expectativas não se concretizaram”, diz, relativamente às alterações ao backstop.

    A votação do acordo será daqui a cerca de 15 minutos.

  • "A meia hora da votação, ainda não sei o que vou votar", diz deputado

    Steve Double, deputado conservador que é a favor do Brexit, acabou de fazer uma revelação na Câmara que provocou muitos comentários: “A meia hora da votação, ainda não sei o que vou votar.” É um bom exemplo do estado de confusão em que os Comuns estão mergulhados neste momento.

  • Apenas 20 deputados decidiram mudar de ideias e apoiar May

    O Telegraph coloca neste momento o número de deputados que mudaram de ideias e que irão afinal apoiar May apenas em 20.

    Espera-nos, por isso, uma mais do que provável derrota do acordo esta noite, ao que tudo indica.

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