O papa Francisco criticou este sábado “o deus dinheiro”, que cria “sociedades desumanas e injustas”, e instou as empresas a não se concentrarem apenas no lucro, recomendando que se empenhem na solidariedade, para favorecer o bem comum.

Só se percebermos que a nossa verdadeira riqueza é o relacionamento e não apenas os bens materiais é que encontraremos modos alternativos de viver numa sociedade que não é governada pelo deus dinheiro, um ídolo que engana e depois a deixa mais desumana e injusta”, disse Jorge Bergoglio, numa audiência com membros da Confederação de Cooperativas Italianas.

Criticando o “individualismo e o egoísmo característicos do liberalismo”, o papa afirmou que não se consegue atingir a “felicidade plena”, porque não se conta com os demais.

O papa considerou que o mundo atual “está enfermo de solidão” e lamentou que haja pessoas que se suicidem, “conduzidas pelo desespero, fruto dessa solidão”. “Não podemos permanecer indiferentes a estes dramas e todos, na medida das nossas possibilidades, devemos assumir o compromisso de eliminar um pouco da solidão dos outros”.

Em contraponto com as empresas que visam “principalmente o lucro”, o chefe da Igreja Católica disse que as cooperativas têm “como objetivo principal a satisfação equilibrada e proporcional das necessidades sociais”, acrescentando que, apesar de procurarem as ganâncias, não devem perder de vista a solidariedade mútua”.

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