Muitos apontam o dedo à tendência que os veículos eléctricos têm de começar a arder sem razão, mas não faltam casos em que os modelos com motor a combustão se incendeiam sem motivo aparente e se transformam em fumo, para tristeza dos seus clientes.

A Ferrari detectou um problema numa série dos seus modelos, que os leva a começar a arder, surpreendendo os condutores e provocando danos irreversíveis nos modelos, que podem custar mais de meio milhão de euros, uma vez que até o Ferrari LaFerrari Aperta está em perigo.

Curiosamente, apesar de todos os modelos serem produzidos em Modena, na única fábrica da marca italiana, o anúncio foi apenas realizado em torno das unidades transaccionadas nos EUA, uma vez que a legislação americana obriga todos os fabricantes a realizarem avisos públicos sempre que há perigo para os utilizadores. Ao contrário do que se passa na Europa, onde os recalls são realizados no maior secretismo – quando são, é claro. Especialmente quando o carro mudou de mão e a marca não tem o contacto do novo cliente.

Na lista das ‘bombas’ com tendência para arder e explodir, destaque para modelos de 2018 e 2019, respectivamente o 488 GTB, 488 Spider e 488 Pista, além do 812 Superfast, do GTC4 Lusso e do LaFerrari Aperta, basicamente todos os modelos da casa do Cavalino Rampante. O mais impressionante é que o problema não só ataca os motores V8 turbo, como os V12 atmosféricos.

Os Ferrari com tendência para arder têm ainda a possibilidade de não abrir as portas, de acordo com a informação nº 19V089000 da NHTSA, a entidade americana que obriga os construtores a comportarem-se correctamente com os seus clientes e de forma pública e célere. São 582 os GTC4 Lusso chamados à oficina que sofrem deste problema, entre unidades fabricadas entre 2017 e 2019.

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