Uma marcha lenta promovida por quatro municípios alentejanos para protestar contra a degradação de estradas e para exigir melhores acessibilidades partiu hoje de Vidigueira com cerca de 20 veículos a caminho de Moura e depois Barrancos.

A marcha lenta é promovida pelos municípios de Barrancos, Moura, Mourão (PS) e Vidigueira (CDU) como forma de protesto contra o estado de degradação das estradas que servem os concelhos e “em defesa de melhores acessibilidades”.

A coluna inicial da marcha lenta, que partiu às 9h40, junto do estaleiro da Câmara de Vidigueira, era composta por cerca de 20 veículos e já contava com a participação dos presidentes dos municípios de Vidigueira e Moura, o comunista Rui Raposo e o socialista Álvaro Azedo, respetivamente.

Trata-se de uma forma de protesto que “surgiu do consenso gerado” entre as câmaras municipais de Barrancos, Moura e Vidigueira, no distrito de Beja, e Mourão, no distrito de Évora, após terem entregado ao Governo um documento com “várias preocupações” relativas a quatro estradas nacionais e uma regional que servem os concelhos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em causa, precisa a Câmara de Moura, está o estado das estradas nacionais 258, 385, 386 e 387 e da estrada regional 258, que “coloca em causa a segurança rodoviária” e é visto “como um obstáculo ao desenvolvimento e à captação de investimento” para os concelhos.

Com o mote “Juntos por melhores acessibilidades”, a marcha lenta tem início marcado para as 9h00, junto ao estaleiro da Câmara de Vidigueira, seguindo em direção a Moura pela Estrada Nacional (EN) 258.

A marcha lenta deverá chegar cerca das 10h00 a Moura, junto à Escola do 1.º ciclo do ensino básico dos Bombeiros, e depois continuar, também pela EN 258, até Barrancos, onde se prevê que termine às 12:00, na Praça do Município, com declarações públicas dos presidentes dos quatro municípios.

Segundo o presidente da Câmara de Moura, Álvaro Azedo (PS), a marcha lenta é “uma iniciativa extremamente importante para mostrar ao poder central que a desertificação da região também se combate intervindo nas vias de comunicação”, que são um “fator determinante para o investimento e dinamização da economia local”.