O ministro dos Negócios Estrangeiros disse esta segunda-feira que “por enquanto” não há registo de portugueses entre as vítimas do tiroteio que ocorreu em Utrecht, na Holanda. “Não temos por enquanto registo”, respondeu Augusto Santos Silva ao ser questionado sobre se haveria portugueses entre as vítimas do tiroteio que aconteceu esta manhã na cidade holandesa, de que resultaram pelo menos três mortos e cinco feridos.

Em declarações aos jornalistas em Bruxelas, no final do Conselho dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), o chefe da diplomacia portuguesa revelou que o seu homólogo holandês, Stef Blok, foi “muito cuidadoso”, tendo apenas confirmado “a existência do atentado, a mais que provável natureza terrorista desse atentado, a existência de vítimas, entre as quais vítimas mortais”.

“Sei que a imprensa tem avançado que há três vítimas mortais, mas as autoridades são mais cautelosas do que a imprensa”, observou, apesar de a própria polícia já ter confirmado, através nas páginas oficiais nas redes sociais e das conferências de imprensa, o número de feridos e de mortos no ataque.

O ministro holandês informou ainda os seus homólogos de que a polícia holandesa está “a tentar encontrar e deter o perpetuador ou perpetuadores deste atentado”. “Evidentemente que exprimo aqui publicamente a solidariedade devida às famílias das vítimas, aos feridos, e também ao povo e às autoridades holandesas”, declarou Santos Silva.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Pelo menos três pessoas foram mortas e cinco ficaram feridas nos tiroteios de hoje de manhã em Utrecht, segundo o balanço mais recente feitos pelas autoridades holandesas. Segundo a agência de notícias EFE, testemunhos colhidos pelas autoridades indicaram que um homem sacou de uma arma e começou a disparar de forma aleatória contra as pessoas, tendo-se depois colocado em fuga. Alguns testemunhos referiram que há mais de uma pessoa envolvida no tiroteio, mas a polícia só confirmou um atacante.

A polícia informou que procura Gokman Tanis, um homem de 37 anos, nascido na Turquia, suspeito de estar ligado aos tiroteios.

Uma unidade anti-terrorista está ainda a investigar um Renault Clio de cor vermelha, encontrado abandonado num bairro residencial de Utrecht, que pode ter servido para transportar o autor ou autores do tiroteio, segundo informações de jornais locais. As autoridades anunciaram, entretanto, que passaram o nível de ameaça para o grau cinco, o mais elevado, na província de Utrecht, que durará pelo menos até às 18:00 de hoje.