As classes sociais mais baixas apresentam níveis mais elevados de inflamação crónica, o que se traduz num maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, alguns tipos de cancros, diabetes e acidentes vasculares cerebrais (AVC) e enfartes, escreve esta terça-feira o Público. Os dados constam de um estudo desenvolvido pelo projeto Lifepath, consórcio financiado pela Comissão Europeia.

O projeto, no qual Portugal participa, aqui representado pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, teve como principal objetivo perceber se a classe social é ou não capaz de influenciar os níveis de inflamação crónica — as doenças associadas a este tipo inflamação estão entre as principais causas de morte. A ideia era também perceber se em sociedades mais desiguais os níveis de inflamação eram maiores.

No trabalho participaram ainda Irlanda, Reino Unido e Suíça. Dos quatro envolvidos, Portugal foi o país em que a diferença de inflamação crónica entre a classe social mais alta e a classe social mais baixa foi maior.

O estudo em questão teve por base dados de 18.349 pessoas dos quatro países representados, com idades compreendidas entre os 50 e os 75 anos, sendo que as informações foram publicadas em janeiro na revista Scientific Reports.

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