Vários meios de comunicação social partilharam imagens do ataque terrorista que provocou a morte de 49 pessoas na Nova Zelândia e que foi transmitido em direto no Facebook. Depois de ter recebido várias queixas, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) entidade emitiu um parecer em que “apela aos órgãos de comunicação social que adotem medidas para impedir o acesso generalizado às imagens do massacre”.

O apelo é feito tendo em conta o objetivo da ERC, segundo o artigo 7º dos estatutos da reguladora, que consagra “a proteção dos
públicos mais sensíveis, tais como menores”. Esta tomada de posição através foi aprovado numa reunião ordinária esta quarta-feira da entidade. Em comunicado enviado às redações, a ERC explica que as imagens foram “filmadas pelo respetivo autor” e “permanecem sem o devido tratamento editorial nas páginas eletrónicas de órgãos de comunicação social sob jurisdição do Estado português”.

Este apelo não é feito para que sejam removidas completamente as imagens partilhadas nas redes sociais. A ERC quer a “adoção das medidas necessárias (…) de forma efetiva e imediata (…) através dos meios técnicos ou tratamento editorial adequado”, deixando como hipótese a “remoção” destes conteúdos.

Desde o atentado que atacou os frequentadores de mesquitas na cidade nova-zelandesa de Christchurch que o Facebook e o YouTube já removeram milhões de uploads relacionados com este massacre. Contudo, estas plataformas assumem que chegaram a existir momentos em que os vídeos eram partilhados “ao segundo”, o que não permitiu que os filtros automáticos funcionassem corretamente.

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