Os contribuintes apresentaram 44.545 reclamações graciosas de liquidações de imposto em 2018, tendo-lhes sido dada uma resposta favorável em 57% dos casos, indicam dados da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

Este número de reclamações graciosas resulta dos mais de 25,3 milhões de liquidações feitas pela AT e comunicadas aos contribuintes ao longo do ano passado, correspondendo assim a menos de 0,19% do total.

Os dados da AT mostram que o imposto que foi objeto do maior número de reclamações graciosas foi o IRS (somando 8.645), sendo que este valor acomoda as declarações de substituição que os contribuintes fazem depois de terem entregue uma primeira versão. A taxa de deferimento é habitualmente elevada já que a maioria destas novas declarações são aceites.

Os pagamentos antecipados e questões relacionadas com o Imposto Municipal sobre as Transações Onerosas (IMT) são os que se seguem na lista de situações que estão na origem do maior número de reclamações graciosas.

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Entre os meios de que dispõem para contestar uma decisão da AT, os contribuintes contam, além da reclamação graciosa, com o recurso hierárquico e, em 2018, a AT registou a entrada de 3.345 destes processos, sendo este número ligeiramente mais alto do que o observado em 2016 e 2017.

O sentido da decisão foi favorável ao contribuinte em 26% dos casos, mas em 50% foi-lhes desfavorável, havendo ainda 3% de casos com um desfecho parcialmente favorável e 6% que foram arquivados.

Já os processos que avançaram para a via judicial totalizaram 8.367, sendo este o valor mais baixo em comparação com 2016 e 2017.

Ao longo de 2018, os serviços de Finanças registaram 9,84 milhões de atendimentos presenciais, sendo este número inferior ao dos dois anos anteriores, o que se deve também à cada vez maior informatização e automatização das obrigações tributárias e declarativas.

Ao Centro de Atendimento Telefónico (CAT) da AT chegaram 1,77 milhões de chamadas recebidas, ainda que o número das atendidas tenha sido 1,41 milhões.

Relativamente aos acessos ao Portal das Finanças, os dados apontam para um total de 338,57 milhões, o que corresponde a mais 4,5 milhões do que em 2017.

A AT está presente no Twitter e no YouTube, mas os números apontam para resultados mais modestos e correspondiam, no início da semana passada, a 8.523 seguidores e 2.235 subscritores.