O Banco Montepio inaugurou esta segunda-feira o seu primeiro balcão de proximidade e conveniência, em Abraveses, no concelho de Viseu, e pretende levar este conceito a todo o país, anunciou hoje o presidente do Conselho de Administração, Carlos Tavares.

Em declarações aos jornalistas nas instalações de Abraveses — a poucos metros do sítio onde, no ano passado, encerrou o balcão do banco público Caixa Geral de Depósitos (CGD) –, Carlos Tavares explicou que “não se trata de andar à procura das localizações que todos os bancos procuram”.

Segundo o responsável, o Banco Montepio quer “estar mais onde os outros estão menos”, porque nesses locais “também há pessoas que precisam de serviços bancários”.

Numa primeira fase, está prevista a abertura de dez balcões de proximidade, que oferecem os mesmos serviços de qualquer outro balcão do Banco Montepio. Até ao final de maio, serão inaugurados os balcões de Avanca (Estarreja), Pedras Salgadas (Vila Pouca de Aguiar), Fão (Esposende), Ferro (Covilhã), Ferreira do Alentejo e Oiã (Oliveira do Bairro). Abrirão também espaços em Refojos de Basto (Cabeceiras de Basto), Torreira (Murtosa) e Sabugal.

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O ‘chairman’ do Banco Montepio disse que esta experiência poderá ser expandida “a regiões que são tradicionalmente menos favorecidas, menos procuradas pelos bancos, mas que têm pessoas” que precisam de serviços bancários.

“É uma experiência nova na banca portuguesa, um bocadinho contra a corrente dos outros bancos que estão a encerrar balcões. O Banco Montepio decidiu estudar as necessidades das populações menos servidas”, justificou.

Na sua opinião, a par do progresso dos meios digitais, há que “ter consciência de que há muitas populações que não têm ainda acesso a esses meios alternativos de relacionamento com a banca e que precisam de balcões de proximidade” como o que hoje foi inaugurado.

“Há muitas povoações do país, algumas até bem próximas da cidade, como é o caso de Abraveses, que precisam de serviços bancários mais próximos, mais pessoais, mais personalizados, que lhes possam satisfazer as necessidades bancárias”, acrescentou.

Carlos Tavares frisou que “não precisam de ser grandes balcões, mas que têm o essencial de uma relação bancária, que são pessoas que se possam relacionar com outras”.

Situada numa zona periurbana, a agência de Abraveses pode servir uma população de 20 mil pessoas. Tem dois colaboradores, uma gerência partilhada e um horário diferenciado das 10:00 às 17:00 (com encerramento à hora de almoço), para ir ao encontro das necessidades das populações.

“Em nove meses, revertemos uma má notícia (encerramento da agência da CGD) numa boa notícia, que é abertura deste balcão”, frisou o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques.