A China e São Tomé e Príncipe pretendem aprofundar as relações bilaterais entre ambos os países, depois de em 2016 terem retomado as relações diplomáticas, anunciaram esta quarta-feira os respetivos primeiros-ministros.
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, encontrou-se com Jorge Bom Jesus, primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, na ilha de Hainão, sul da China, referindo que desde que os laços diplomáticos foram retomados, em 2016, tem crescido a “confiança política mútua” e foram alcançados “resultados proeminentes” em várias áreas.
“A China aprecia a firmeza de São Tomé e Príncipe com a política de uma só China, que é a base política das relações entre os dois países”, disse o primeiro-ministro chinês, citado pelo sítio oficial do Governo da China, acrescentando que Pequim está disposta a levar a parceria global com São Tomé e Príncipe para uma nova etapa.
Li Keqiang acrescentou que a China vai continuar a apoiar São Tomé e Príncipe para alcançar um desenvolvimento independente e sustentável, obtendo mais benefícios mútuos.
Jorge Bom Jesus participa no Fórum Boao para a Ásia, uma organização sem fins lucrativos que organiza reuniões de alto nível para governantes, empresas e universidades na Ásia e em outros continentes, para debater assuntos regionais e globais.
O primeiro-ministro são-tomense afirmou que os dois países “são próximos como irmãos”, salientando que o retomar das relações diplomáticas traz uma nova vitalidade no relacionamento bilateral entre São Tomé e Príncipe e a China.
“São Tomé e Príncipe aderiu à política de uma só China e está disposta a aprender com a experiência de desenvolvimento da China. Além disso, São Tomé e Príncipe acolhe as empresas chinesas que queiram investir e quer reforçar a cooperação na pesca, turismo e construção de infraestrutura”, salientou.
Xiao Jie, conselheiro de Estado e secretário-geral do Conselho de Estado, também participou da reunião.
Na partida para a China, o primeiro-ministro são-tomense tinha dito que vai recorrer ao “relacionamento íntimo, de amizade e solidariedade” que o seu país tem com a China, para pedir financiamentos para projetos estruturantes e donativos para o orçamento.