O tempo de espera é a principal crítica que os utentes fazem aos Serviço Nacional de Saúde (SNS), com 51% dos inquiridos a apontarem para este problema, segundo uma sondagem da Aximage divulgada pelo Jornal de Negócios e pelo Correio da Manhã. Entre as queixas dos portugueses, seguem-se a falta de médicos e a sua qualidade.

Em relação ao tempo perdido, são várias as vertentes apontadas: 32% dos utentes queixam-se do tempo de espera no atendimento em geral, 15,7% do tempo necessário para obter uma consulta e 3,3% do tempo de espera para conseguir uma operação.

No rol de queixas dos portugueses, seguem-se as relativas aos profissionais de saúde, com os médicos a recolherem mais do que os enfermeiros. A falta de médicos é o problema apontado por 15,7% dos inquiridos e 6,1% queixam-se da sua falta de qualidade. A qualidade dos enfermeiros do SNS recolhe 2,9% das queixas.

A qualidade das instalações, a falta de equipamentos técnicos e a falta de financiamento são outros dos problemas apontados, segundo os jornais da Cofina.

Na sondagem da Aximage a nota dada ao SNS é de 8 em 20: 44,7% dos inquiridos avaliam mal ou muito mal a saúde pública, 30,6% dão nota assim-assim e 24,8% dizem que está bem ou muito bem. Quem melhor avalia o SNS são os jovens entre os 18 e os 34 anos, enquanto que utentes com mais de 65 fazem as piores avaliações.

Quanto a melhorias nos últimos dez anos, a nota também é negativa — 9,7 em 20 –, embora menos de metade (40,7%) diga que o SNS piorou. Quem considera que o Serviço Nacional de Saúde mais melhorou é também quem vai votar nos partidos que suportam o governo (PS, BE, PCP). Já 60% dos eleitores que vão votar PSD e CDS dizem que o SNS está pior.

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