As autoridades de Macau identificaram esta terça-feira mais um caso de sarampo, elevando para 27 os casos confirmados desde o início do ano, num território onde a doença já foi considerada erradicada pela Organização Mundial de Saúde.

Em comunicado, os Serviços de Saúde informaram que a paciente nasceu em Macau e foi vacinada contra o sarampo.

“De acordo com o historial de contacto e o tempo de início de sintomas, este caso foi classificado como caso relacionado com sarampo importado”, indicaram.

Desde o início do ano, foram registados em Macau dez casos importados e 17 casos relacionados com sarampo importado, segundo a mesma nota. Trata-se de um aumento substancial face a 2018, quando foram diagnosticados apenas cinco casos durante todo o ano.

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No entanto, devido ao surto de sarampo em regiões vizinhas, a situação em Macau será este ano “potencialmente mais grave do que em anos anteriores”, admitiram as autoridades, numa conferência de imprensa realizada em meados de março.

Na região vizinha, Hong Kong, há já 30 casos confirmados, o dobro do número de casos registados em 2018, de acordo com o jornal South China Morning Post (SCMP).

Só nas Filipinas, pelo menos 261 pessoas, sobretudo crianças, morreram na sequência deste surto desde o início do ano, com especialistas a alertar que cerca de 2,6 milhões de crianças continuam em risco de contrair a doença.

No comunicado divulgado esta terça-feira, os Serviços de Saúde de Macau voltaram a apelar à vacinação.

No passado dia 20, o coordenador do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde disse acreditar que a situação “ainda é controlável”, pelo que “não existem razões para que a acreditação [de erradicação da doença] seja retirada pela Organização Mundial da Saúde”. À data, haviam sido registados oito casos.