Se fosse uma questão de antiguidade, acabavam-se logo as dúvidas. Quando o hábito de ir a banhos com duas peças se começou a entranhar, entre os anos 40 e 50, já o tal maillot fazia parte do guarda-roupa feminino. Durante décadas, o fato de banho passou para segundo plano e ficou conotado como uma segunda opção de quem estava pouco à vontade em mostrar tanto corpo — isso ou a prática de natação. Nos últimos anos, as mulheres perceberam que conseguir bronzear a maior superfície de pele possível não é tudo e que, em matéria de estilo, um fato de banho pode fazer mais por uma silhueta do que dez biquínis juntos (entretanto, até já existem fatos de banho que deixam os raios bronzeadores passar através do tecido).

Moral da história: as fãs incondicionais do biquíni começaram a vacilar e a desfilar pelas praias e piscinas com fatos de banho de formatos e cores inimagináveis. Sem extinção à vista, o biquíni continua a ser uma escolha recorrente. Afinal, quem é que nunca arrancou a época balnear com modelitos microscópicos para, gradualmente, ir passando para maiores porções de tecido, à medida que o bronze vai ficando assegurado? Escolher entre um e outro acaba por ser uma não questão. Biquínis e fatos de banho são o melhor de dois mundos e três meses de verão dão para muita coisa.

Este ano, as tendências de swimwear alinham-se com as do restante guarda-roupa. O tie-dye, os estampados animais (ao natural e em variações de cor psicadélicas) e as malhas, franzidos e crochets estão na ordem do dia, mesmo na hora de pôr os pés na areia. O amarelo e, sobretudo, o laranja são as cores da estação, embora estejamos a assistir a uma vaga de nudes sem precedentes. Se em tempos confundir a cor do biquíni ou do fato de banho com o tom da pele não era desejável, hoje parece ser a tendência mais emergente.

As influências desportivas continuam a alterar a forma, sobretudos, dos biquínis, aproximando-os dos equipamentos de modalidades náuticas. Enquanto isso, as assimetrias e recortes vão esculpindo os fatos de banho, garantindo sempre que a clássica silhueta “Baywatch” nunca chega a desaparecer. Ainda no território dos clássicos, continua a haver espaço para os cortes vintage — com cuecas subidas e os modelos balconette. À semelhança do ano passado, os brilhos e metalizados continuam por aí. Os estampados, aplicações, cintos e logótipos fazem do verão de 2019 um grande jogo em que vale tudo. O mesmo se pode dizer dos preços. Contas bancárias há muitas, com os mais diversos recheios. Por isso é que as 70 sugestões que reunimos na fotogaleria vão dos 14 aos 700 euros.

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