Portugal foi um dos Estados-membros da União Europeia em que não se verificou uma diminuição das mortes nas estradas entre 2017 e 2018, mas é o terceiro país com um maior recuo desde 2010, segundo a Comissão Europeia.

O relatório anual sobre sinistralidade rodoviária publicado esta quinta-feira pelo executivo comunitário revela que, no ano passado, morreram 59 pessoas por milhão de habitantes nas estradas portuguesas, contra 58 no ano anterior — o que representa uma subida de 1% -, sendo este o 11.º valor mais elevado entre os 28 Estados-membros.

No entanto, fazendo uma análise à evolução do número de vítimas mortais em acidentes de viação ao longo dos últimos oito anos, Portugal é o terceiro país com melhor progresso, já que o número de mortes baixou 35% (em 2010 ocorreram 80 mortes por milhão de habitantes), sendo este registo apenas superado por Grécia (45%) e Lituânia (43%).

Portugal continua, todavia, a registar um número de mortes nas estradas acima da média europeia, que em 2018 se manteve nas 49 mortes por milhão de habitantes, número idêntico ao de 2017 (mas 21% abaixo do valor registado em 2010, de 63 mortes por milhão de habitantes).

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No conjunto dos 28 Estados-membros, perderam a vida nas estradas europeias no ano passado cerca de 25.100 pessoas.

Os Estados-membros com melhores resultados em termos de segurança rodoviária em 2018 foram o Reino Unido (28 mortes por milhão de habitantes), Dinamarca (30) e Irlanda (31), enquanto no extremo oposto da classificação surgem a Roménia (96 mortes), Bulgária (88), Letónia (78) e Croácia (77).

A Comissão Europeia sublinha que se estima que, por cada morte na estrada, cinco outras pessoas ficam gravemente feridas, num total de 135 mil em 2018.