Há 25 anos, a 7 de abril de 1994, escreveu-se no Ruanda uma das páginas mais negras da História da Humanidade. No espaço de 100 dias, foram mortas entre 800 mil a 1 milhão de pessoas, grande parte deles da minoria tutsi e também membros moderados da maioria hutu.

O massacre foi motivado pela queda do avião Falcon 50 onde seguia, a 6 de abril de 1994, o então Presidente do Ruanda, Juvénal Habyarimana. O avião foi abatido por um míssil, cuja origem é ainda hoje desconhecida. Porém, essa incerteza não impediu o que viria a acontecer logo no dia seguinte e a arrastar-se até 15 de julho: as forças hutu, que mantinham o poder a custo e mediante uma guerra contra a Frente Patriótica Ruandesa (composta por exilados tutsis), aproveitaram a ocasião para matar tantos adversários quanto possível.

O conflito só viria a terminar a 15 de julho, altura em que as milícias tutsis tomaram o controlo da capital ruandesa, Kigali.

Só depois de o conflito ter chegado ao fim é que as verdadeiras dimensões daquele genocídio foram conhecidas. Porém, há ainda várias perguntas por responder — Quem disparou o míssil que matou Habyarimana? Qual foi o papel dos militares franceses no terreno e de que forma o apoio ao regime hutu pode ter ajudado ao massacre? — neste que foi o maior genocídio do mundo após o Holocausto.

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