A bolsa nova-iorquina encerrou esta segunda-feira sem direção, com os investidores a fazerem uma pausa quando se aproxima mais uma época de divulgação de resultados empresariais e uma reunião do Banco Central Europeu, enquanto prossegue o folhetim do ‘Brexit’.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 0,32%, para os 26.341,02 pontos. Ao contrário, o tecnológico Nasdaq valorizou 0,19%, para as 7.953,88 unidades, e o alargado S&P500 apreciou 0,10%, para as 2.895,77.

Esta foi a oitava sessão consecutiva em que este fechou com ganhos e já acumula um avanço superior a 15% desde o início do ano.

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“Os investidores estão em vias de digerir esta progressão muito importante, antes de abordarem a próxima época dos resultados trimestrais”, estimou Adam Sarhan, da sociedade de investimento 50 Park Investment.

Os bancos JPMorgan Chase e Wells Fargo vão ser os primeiros grandes nomes de Wall Street a apresentar os seus resultados na sexta-feira.

“Já está adquirido que os resultados vão ser maus, negativos inclusive, mas os investidores vão estar concentrados sobretudo nas perspetivas para o resto do ano”, afirmou J.J. Kinahan, da TD Ameritrade.

Para mais, recordou Adam Sarhan, “a última vez que se observou uma ‘recessão’ dos lucros, no início de 2016, isso não impediu o mercado de subir”. “A questão é de saber se se vai ter um recuo temporário e superficial dos lucros ou uma depressão mais profunda. De momento, espera-se uma diminuição, nada de devastador”, acrescentou.

Os dois fatores que pesaram sobre o mercado no final de 2018, o medo de um enfraquecimento acentuado da economia e um endurecimento demasiado rápido da política monetária, dissiparam-se entretanto, salientou este especialista.

Em todo o caso, os investidores vão estar atentos à reunião que o Banco Central Europeu vai ter na quarta-feira e à difusão, nesse mesmo dia, da ata da última reunião do comité de política monetária (FOMC, na sigla em inglês) do banco central norte-americano, a Reserva Federal (Fed).

Na ocasião, a Fed anunciou, de forma surpreendente, que renunciava a fazer mais subidas das taxas de juro durante este ano. Enquanto aguardam estes desenvolvimentos, os investidores viram o Dow Jones ser arrastado pelo recuo da Boeing. O construtor aeronáutico perdeu 4,44% depois de ter anunciado que ia reduzir em cerca de 20% a produção do seu avião vedeta 737 MAX, cuja segurança tem sido questionada e não tem feito voos depois de dois acidentes mortíferos.