As mesas de voto abriram esta terça-feira em Israel para as eleições parlamentares que vão determinar se o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, permanece no poder.

As urnas abriram às 07:00 (05:00 em Lisboa) para os cerca de 6,4 milhões de eleitores, que vão eleger 120 deputados do parlamento (Knesset) e se confrontam com a hipótese de Netanyahu, indiciado por práticas de corrupção que devem ser esclarecidas após as eleições, perder o escrutínio.

As primeiras projeções só deverão ser conhecidas por volta das 22:00 e os resultados oficiais só vão começar a ser divulgados no início de quarta-feira, mas, dado o estado fragmentado da política israelita, o veredito final poderá demorar alguns dias até ser conhecido.

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Netanyahu, que tenta a quinta reeleição e a quarta consecutiva, tem clamado inocência e denunciou uma “caça às bruxas”. O principal rival nestas legislativas, o general Benny Gantz, que lidera a lista centrista Azul e Branco [cores da bandeira do Estado judaico] prometeu “terminar com a corrupção” dos anos Netanyahu.

No início da campanha, o partido de Netanyahu era considerado o vencedor antecipado, apesar da ameaça de corrupção que atinge o primeiro-ministro. No entanto, enfrenta agora o reforço da lista de Benny Gantz, ex-chefe de Estado-Maior que tem admitido a retirada de colonos de diversas regiões da Cisjordânia, apesar de nunca ter mencionado a solução de dois Estados.

Numa campanha eleitoral caracterizada por frequentes acusações entre os dois principais candidatos, o conflito de Israel com os palestinianos e a possibilidade de um recomeço das negociações estiveram praticamente ausentes nos discursos eleitorais.

Um estudo de opinião divulgado a meio da semana passada pelo Canal 13, colocava o partido Likud em primeiro lugar com 29 lugares, mas o Azul e Branco surgia com um prognóstico de 28 deputados.