O número de mortos causados pela tempestade que atingiu a cidade brasileira do Rio de Janeiro entre a noite de segunda-feira e a madrugada desta terça-feira subiu de cinco para dez, informou o portal de notícias G1.

Sete das vítimas estavam na zona sul, sendo que três pessoas foram encontradas mortas dentro de um táxi em Botafogo, outras três perderam a vida no morro da Babilónia, no bairro Leme, e uma outra vítima mortal foi encontrada na zona da Gávea.

Na zona oeste da cidade do Rio de janeiro morreram três pessoas, duas em Santa Cruz e outra no Jardim Maravilha, de acordo com o portal de notícias G1.

De acordo com dados da plataforma “Alerta Rio”, da prefeitura do Rio de Janeiro, o volume de chuva acumulado em apenas quatro horas na noite de segunda-feira foi 70% superior ao esperado para todo o mês de abril em alguns locais.

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O Sistema “Alerta Rio” informou que hoje à noite a chuva começa, gradualmente, a perder intensidade, passando de moderada a fraca.

Segundo informações atualizadas às 14h00 (17h00 em Lisboa) pelo Centro de Operações do Rio de Janeiro na rede social Twitter, a cidade continua em estado de crise com registo de chuvas fortes em nove bairros e outros 17 pontos com chuva moderada.

A Câmara da cidade do Rio de Janeiro suspendeu as aulas da rede municipal durante a manhã por causa do temporal. Parte da ciclovia Tim Maia, no bairro carioca de São Conrado, desabou. É a terceira vez que um trecho desta ciclovia, à beira-mar, cai por causa do mau tempo.

Desde a noite de segunda-feira, centenas de pessoas foram obrigadas a esperar que as chuvas cessassem para voltar para as suas casas, porque as ruas e estradas do Rio de Janeiro ficaram inundadas.

De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e Rio Galeão, os aeroportos Santos Dumont e Galeão operam com o auxílio de instrumentos para aterragens e descolagens.

O prefeito da cidade, Marcelo Crivella, cancelou as aulas nas escolas e universidades municipais e também pediu aos ‘cariocas’ para que, se possível, não saíssem de casa.

Durante uma conferência de imprensa em que fez um balanço da situação, o prefeito disse que não tem orçamento para lidar com prevenção de emergências como as chuvas que se precipitaram no Rio de Janeiro. “Temos milhares de famílias que vivem em áreas de risco, temos 750 mil buracos de esgoto que precisam de ser limpos constantemente, agora os recursos para isso são pequenos, dependemos de parcerias com o Governo federal”, disse o Crivella.

A zona sul, onde estão localizados os distritos turísticos de Ipanema e Copacabana, foi uma das mais afetadas, bem como a Barra da Tijuca, Jacarepaguá e outros bairros localizados a oeste da cidade.

Na manhã desta terça-feira, as enchentes forçaram as equipas de resgate a literalmente “nadar” para confirmar a presença de vítimas ou animais presos nos destroços.