As encomendas do 737 Max pararam completamente desde a queda do Max 8 da Ethiopian Airlines, em que morreram 157 pessoas. A CNN cita dados da Boeing que indicam uma diminuição acentuada das encomendas em 2019, com zero pedidos de compra em março deste ano, depois de o avião da Ethiopian Airlines, se despenhar a 10 de março.

Já em outubro de 2018 um 737 Max 8 da Lion Air tinha caído (morreram 189 pessoas). Em resposta, só dez Boeing 737 Max foram encomendados em janeiro e fevereiro de 2019. No ano anterior tinham sido encomendados 112 aviões deste modelo só nos primeiros três meses do ano. Desde 2014 foram encomendados cinco mil 737 Max. Só 50 pedidos de compra foram cancelados após os desastres — os aviões encomendados pela Garuda, da Indonésia.

Boeing 737 Max 8. Desastre na Etiópia terá mesmo sido causado por sistema de compensação automático

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Os relatórios preliminares sobre ambos os desastres deixaram dúvidas sobre o sistema automático de compensação introduzido pela Boeing no modelo. Devido ao maior tamanho dos motores, foi alterado o sistema de deteção de ângulo de ataque, o que influencia a intervenção de um sistema de correção automático (o MCAS) que força o avião a descer para evitar uma paragem dos motores.

Frota de Boeing 737 Max 8 continua em terra

A Boeing anunciou que vai reduzir a produção do 737 Max, para minimizar o impacto financeiro para a empresa da proibição de voo que o modelo enfrenta em quase todo o mundo. A 13 de março, a Boeing suspendeu oficialmente toda a frota de 737 Max 8, após ordem de suspensão para os Estados Unidos da América pela Administração Federal de Aviação (FAA). São 731 aviões no total.

A medida foi tomada por “excesso de cautela”, mas só surgiu depois de 53 países (incluindo todos os estados membros da União Europeia) terem fechado o espaço aéreo ao modelo de avião da Boeing. A Agência Europeia de Segurança Aérea determinou o encerramento do espaço aéreo europeu a dois modelos Boeing 737 Max (o Max 8 e o Max 9) após o acidente com a aeronave da Ethiopian Airlines.

A permanência da frota em terra já terá custado mais de 1,7 mil milhões de euros à Boeing, pelas contas da CNN Business. Perdas que a empresa norte-americana terá de divulgar a 24 de abril, no relatório financeiro para os primeiros três meses de 2019.

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