As obras de recuperação do Aquário Vasco da Gama, em Algés, deverão arrancar ainda este ano. Em resposta às perguntas colocadas pelo Observador, a Marinha Portuguesa, responsável pela gestão do espaço, disse que é ainda “prematuro avançar com datas concretas” mas que “será estabelecido um protocolo” com a Câmara Municipal “onde ficará estabelecida a calendarização das intervenções a realizar”. A Marinha espera que “em 2021 possam já existir resultados visíveis”, esclarecendo que já foram renovadas “todas as salas do museu”, fundado em 1898.

O projeto de reabilitação do Aquário, um dos mais antigos do mundo, será financiado pela Marinha e pela Câmara Municipal de Oeiras. Estima-se que o investimento necessário seja de 1,5 milhões de euros. As obras passarão “pela reformulação de dois dos seus principais espaços” — os tanques onde se encontram as tartarugas e os leões marinhos –, “respeitando o bem-estar animal, um valor fundamental para o cumprimento da missão do Aquário Vasco da Gama”. Ainda é “prematuro avançar com datas concretas” mas, de acordo com a Marinha, “será estabelecido um protocolo” com a autarquia “onde ficará estabelecida a calendarização das intervenções a realizar”.

Recuperação do Aquário Vasco da Gama implica investimento de 1,5 milhões de euros

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Tanto o tanque das otárias e tartarugas marinhas como o dos leões marinhos serão alterados para dar “lugar a espaços com novas espécies, para as quais vai ser possível recriar as condições que encontram na natureza”. “O tanque das tartarugas será transformado de forma a receber tartarugas de água doce e o tanque dos leões marinhos irá recriar um habitat litoral da costa portuguesa, uma das áreas de maior biodiversidade e mais ameaçada pela presença do Homem“.

Os dois espaços encontram-se desocupados há alguns anos. Desde a morte do último exemplar de otária da África do Sul, em novembro de 2016, que o tanque dos leões marinhos do Aquário Vasco da Gama não recebeu mais nenhum animal desde tipo. No que diz respeito às tartarugas, a última foi libertada na natureza em novembro de 2017, após um período de adaptação no Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM), em Aveiro. O animal tinha alcançado a idade adulta e de procriação, “que não é possível verificar-se em cativeiro”, explicou a Marinha ao Observador.

O objetivo destas obras é “melhorar a exposição, o discurso expositivo e aproximar o Aquário Vasco da Gama da população, para além de recuperar parte da infraestrutura que acusa o passar dos anos”. Relativamente à parceria firmada com a Câmara de Oeiras, que vai permitir realizar as obras necessárias, a Marinha considera que “são já percetíveis consequências”, “através da oferta de atividades educativas diversas, disponíveis quer para as Escolas do Concelho que fazem parte do Projeto Oeiras Educa, quer para o público em geral”.

Artigo atualizado às 17h16