A ONU aumentou de 200 milhões de dólares (177 milhões de euros) para 300 milhões de dólares (265 milhões de euros) a ajuda para a reconstrução de infraestruturas destruídas pelo ciclone Idai no centro de Moçambique, anunciou esta quinta-feira a organização. A assistente do secretário-geral da ONU e diretora para África do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Ahunna Eziakonwa, que se encontra de visita a Moçambique, afirmou que a dimensão da destruição provocada pelo Idai e inundações que se seguiram exige uma forte mobilização de recursos.

“Quando este fenómeno se abateu sobre Moçambique, lançámos um apelo de emergência para o apoio humanitário que, no entanto, foi revisto de 200 milhões para 300 milhões”, declarou Ahunna Eziakonwa, falando aos jornalistas, no final de um encontro com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi. A ONU já desembolsou 20% dessa verba, em dinheiro e em espécie, imediatamente canalizados para a assistência humanitária de emergência aos afetados.

Ahunna Eziakonwa assinalou que a ajuda da ONU desdobrou-se em duas dimensões: a humanitária, que consistiu na busca, salvamento e distribuição alimentar, através do Programa Alimentar Mundial (PAM), e a segunda, assente no abastecimento de água e saneamento face à eclosão do surto de cólera.

O ciclone Idai atingiu a região centro de Moçambique, o Maláui e o Zimbabué em 14 de março. Em Moçambique, o ciclone fez 602 mortos e 1.641 feridos e afetou mais de 1,5 milhões de pessoas, segundo o mais recente balanço. O Ministério da Saúde de Moçambique anunciou na terça-feira a sétima morte causada pelo surto de cólera que surgiu a seguir à passagem do ciclone Idai pelo centro do país.

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