A bolsa nova-iorquina fechou esta quarta-feira em alta, regressando às subidas depois da publicação de estatísticas mitigadas sobre a inflação e uma ata sem surpresa da Reserva Federal. Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 0,03%, para os 26.157,16 pontos, o tecnológico Nasdaq subiu 0,69%, para as 7.964,24 unidades, e o alargado S&P500 avançou 0,35%, para as 2.888,21.

Os três índices, depois de várias sessões consecutivas de alta, tinham feito uma pausa na terça-feira. Hoje, “a sessão foi pontuada de acontecimentos, mas nenhum fez reagir a sério os investidores”, destacou Karl Haeling, da LBBW. Os volumes de trocas foram inclusive mais baixos do que nos dias anteriores. “Quer fossem as estatísticas da inflação dos EUA, a ata da última reunião da Reserva Federal ou a reunião do Banco Central Europeu (BCE), nada foi verdadeiramente surpreendente”, acrescentou.

Nos Estados Unidos da América, a inflação acelerou um pouco mais do que esperado em março, ao subir 0,4% em relação a fevereiro, mas, fora os setores voláteis da energia e alimentação, a subida mensal dos preços não passou dos 0,1%. Esta inflação subjacente “continua suficientemente fraca para não incitar o banco central norte-americano a endurecer a sua política monetária, mas suficientemente forte para não o incitar a amaciá-la, na medida em que o mercado de trabalho permanece sólido”, comentou Jim O’Sullivan, economista da HFE. Por seu lado, o BCE manteve hoje a sua taxa de juro.

O presidente do banco europeu, Mario Draghi, realçou, em conferência de imprensa, os “riscos” suscetíveis de degradar a conjuntura económica na zona euro, como as “incertezas geopolíticas”, a “ameaça protecionista” ou a “fragilidade dos mercados emergentes”, mas também sublinhou que a probabilidade de uma recessão continuava a ser “fraca”.

As minutas da última reunião do Comité de Política Monetária (FOMC, na sigla em inglês) mostraram que a maioria dos seus membros estimavam que as perspetivas da economia norte-americana e os riscos, designadamente ligados ao internacional, justificavam manter as taxas de juro até ao final do ano. Vários participantes na reunião advertiram, contudo, que as taxas poderiam “mudar de direção”, para cima ou para baixo, conforme a evolução das estatísticas económicas.

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