A deputada comunista Diana Ferreira classificou esta sexta-feira notícias sobre o aumento da idade da reforma como uma maneira de ameaçar o sistema de proteção público, universal e solidário da Segurança Social, em declarações nos passos perdidos do parlamento.

Em causa está um estudo encomendado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, noticiado pela Lusa e por outros órgãos de comunicação social, no qual se propõe o aumento da idade da reforma para os 69 anos em 2025, a fim de tornar o sistema sustentável.

“A segurança social pública universal e solidária é a sólida garantia de proteção social e das pensões para todos os trabalhadores portugueses. Há caminhos a percorrer para o seu reforço, nomeadamente quanto à diversificação das fontes de financiamento. Há um objetivo de tentar fragilizar a segurança social e abrir caminho à privatização, caminho que o PCP rejeita veementemente”, disse a parlamentar.

A deputada comunista discordou de qualquer aumento da idade de reforma, recordando que o PCP “já apresentou na Assembleia da República um projeto de lei que repõe a idade da reforma nos 65 anos”.

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“O aumento da esperança média de vida não pode ser pretexto para se retirarem direitos ou para se fazer um caminho de retrocesso em que se coloca os trabalhadores a trabalhar até ao limite das suas forças”, declarou.

Segundo Diana Ferreira, “estas notícias surgem também num momento em que a segurança social tem um aumento significativo de contribuições, provavelmente o maior dos últimos 20 anos, comprovando-se o que o PCP vem afirmando da necessidade de combate ao desemprego e precariedade, de valorização dos salários, de garantia de desenvolvimento e crescimento económico e da criação de emprego com direitos como fatores fundamentais para reforçar a segurança social”.

A deputada do PCP frisou também a necessidade de “combate à evasão e fraude contributivas”.