Milhares de sudaneses saíram à rua esta sexta-feira para festejar o golpe de estado que depôs o presidente al-Bashir mas também em protesto por não aceitarem a nova governação do conselho militar: exigem um governo civil de transição.

Após a saída do ditador que governou o país durante 30 anos foi declarado o estado de emergência de três meses e foi criada uma junta militar para governar o país por dois anos. No comando ficou Awad Mohamed Ahmed Ibn Auf, o antigo número dois do regime de Omar al-Bashir.

Sudão. Bashir destituído. Militares assumem poder por dois anos

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O principal grupo que organizou os protestos, rejeitou nesta sexta-feira a promessa do conselho militar de transição de estabelecer um governo civil e entregar o poder a um presidente eleito dentro de dois anos. “Nossas exigências são claras, justas e legítimas, mas os golpistas (a comissão de segurança do regime) não são capazes de criar mudanças, e não têm segurança e estabilidade para permanecer no poder”, disse a Associação de Profissionais do Sudão. Os manifestantes defendem que sejam civis a dirigir o país.

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