São “ideias ingénuas” e “precipitadas” que têm como objetivo “abrir o mercado aos privados”. Em declarações à TSF, o ministro Vieira da Silva não poupa críticas ao estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos que foi publicado por vários jornais esta sexta-feira e que defende que a idade da reforma tem de subir para 69 anos para evitar quebra do sistema.

No programa Fórum TSF, que debateu o tema colocado na agenda pelo estudo, o ministro José António Vieira da Silva defendeu que “a ideia de que a solução está em aumentar em três anos a idade da reforma é algo ingénua, para não dizer que é precipitada”.

O que, na opinião do ministro, falha no estudo é que esquece que o sistema de pensões “não vive fora do mundo”. Por isso, para garantir a sustentabilidade do sistema a prioridade deve ser colocar mais pessoas a trabalhar, o que dinamiza as contribuições e, por outro lado, poupa nas prestações.

De que vale ter um aumento da idade da reforma em três anos se a maior parte das pessoas com essa idade estão no desemprego? Muitos estariam a receber o subsídio de desemprego. Não estariam a contribuir, não estariam a aumentar as receitas do sistema, estariam a degradar a sua situação pessoal”.

“Não é possível resolver a sustentabilidade financeira ou social do sistema de pensões se a economia estiver a andar para trás. Se não houver emprego e salários, as contribuições baixam. E se baixarem as contribuições, os défices aparecem”, continuou Vieira da Silva, defendendo que as propostas como “o plafonamento e a capitalização individual”, que constam do estudo, pretendem “abrir o mercado ao privado”.

Pensões. Idade da reforma tem de subir para 69 anos para evitar quebra do sistema

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